
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a afirmar nesta terça-feira que o Brasil está preparado para ter uma mulher como presidente da República. Pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra disse que a política precisa de personagens práticas, sensatas e objetivas, características que ela considera inatas às mulheres.
"O fato de sermos mulheres, em vez de nos prejudicar, nos ajuda muito. As mulheres são sensíveis, as mulheres são práticas, sensatas e objetivas, e isso é indispensável na política. Por sua vida, as mulheres são fortes, não se curvam à dor e (conseguem) aguentar sacrifícios e não os temem. Isso é imprescindível se a gente quiser transformar o Brasil", disse Dilma, que participa no Senado Federal de homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
"Sempre me perguntam se uma mulher está preparada para ser presidente. Eu digo que o Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, e as mulheres em geral estão preparadas para isso. Nossa história política também nos preparou para que mulheres sejam protagonistas", afirmou a ministra.
Laryssa Borges
Direto de Brasília
É fato que a aceitação da presença da mulher no poder político deve-se à atribuição de muitos cargos de poder às mulheres pelo governo Lula e ao destaque de mulheres que disputam e, em alguns casos, ganham o poder em seus países.
Mesmo assim existe um amplo espaço na política para ser ocupado pelas mulheres.
Há um processo de maturação em curso, apontando para a gradual aceitação das mulheres no topo do poder. A lenta redução do velho preconceito está relacionada também ao desencanto com as representações políticas dominadas pelos homens nos Três Poderes.
Pesquisa realizada junto ao eleitorado (1000 pessoas entre homens e mulheres) apontava que:
*para um terço do eleitorado “política é coisa de homem”.
*para a maioria dos eleitores na política a mulher é mais honesta que o homem.
*para 49% o nível de competência é o mesmo entre homens e mulheres, mas para 35% a mulher é mais competente e apenas 14% premiavam os homens no quesito.
*para um terço do eleitorado “política é coisa de homem”.
*para a maioria dos eleitores na política a mulher é mais honesta que o homem.
*para 49% o nível de competência é o mesmo entre homens e mulheres, mas para 35% a mulher é mais competente e apenas 14% premiavam os homens no quesito.
Como tradicionalmente a mulher ocupa poucos espaços de poder, essa concepção poderia vir de uma projeção do estereótipo de gênero - a mulher como gestora da prole e da casa - sobre o estereótipo do poder.
Fonte: O Estado de São Paulo 2008
As mulheres precisam de melhor representação no poder político para refletir a atual composição da sociedade e para garantir que sejam consideradas suas diversas experiências específicas, incluídas as pobres.
“O lufa-lufa das índias paraenses começa às 4 da manhã e termina às 22 horas. A antropóloga Jane Beltrão, da Universidade Federal do Pará, foi ver de perto como elas funcionam na aldeia: "Em quatro horas contei 19 tarefas, realizadas numa simultaneidade impressionante". O que fazem para manter a família não é contabilizado pelo IBGE, que registra na região a menor parcela de mulheres economicamente ativas.
São 2,9 milhões, sendo que metade fica no Pará, onde se ocupam do comércio, da prestação de serviços e da indústria extrativista. Em Belém, 80 mil tiram o sustento como domésticas, oito em cada dez sem carteira. No capítulo executivas de médias e grandes empresas, a realidade é mais leve. A Catho aponta que, das corporações cadastradas no Norte, 22% são dirigidas por mulheres. No Tocantins, elas assumem principalmente postos na administração pública e respondem pelo artesanato”.
533 reais é o salário médio
Os êxitos até agora alcançados não dissimulam a persistente desigualdade de gênero.
Concordamos com Dilma, “a política precisa de personagens práticas, sensatas e objetivas, características que ela considera inatas às mulheres”.
Você sabia que há abrigos femininos que proporcionam segurança às mulheres vítimas de violência doméstica?
Para mais informações: Rede de Atendimento à Mulher de sua cidade ou na Central de Atendimento – Disque 180
1 comentários:
Dá-lhes Dilma!
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