domingo, 12 de setembro de 2010

Alfabetizados pescadores brasileiros com método cubano




Reproduzido do site
http://diariodaliberdade.org


Um total de 79 pescadores da cidade de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, receberam os certificados de alfabetizados no projeto 'Pescando Letras', desenvolvido com o método cubano de alfabetização 'Eu, sim posso'.

O projeto, promovido pela Secretaria de Educação e a Subsecretaria de Agricultura e Pesca, consiste em oferecer alfabetização, educação cidadã e qualificação profissional a pescadores no chamado tempo morto, período em que a pesca está vedada ou controlada no território.

Durante o curso, que durou seis meses, os pescadores foram alfabetizados com vídeo-aulas receberam instrução sobre Educação Cidadã e qualificação profissional. As mulheres participaram de treinamento artesanal, onde aprenderam a limpar, preparar, perfurar e montar escamas de peixes para as converter em acessórios como brincos e colares.

No ato de entrega dos certificados, ao qual assistiram mais de uma centena de pessoas, a prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, agradeceu a colaboração cubana neste programa e assegurou que "saber ler e escrever é sair das cavernas à luz e descortinar as coisas que a vida oferece".

Por sua vez, o ministro de Agricultura e Pesca, Altemir Gregolín, destacou o sucesso do método cubano de alfabetização, ao afirmar que nos cursos tradicionais brasileiros o abandono escolar está arredor de 60 por cento, enquanto com o projeto cubano foi de 17 por cento.

Além disso, exaltou que com o método de alfabetização desenvolvido por professores cubanos atingiram 94 por cento de promoção em São Gonçalo. É gratificante ver alguém que não podia alfabetizar-se no tempo tradicional por causa do trabalho e agora o consegue no período morto com o método cubano, ressaltou Gregolín. Em declarações a Imprensa Latina via telefônica desde São Gonçalo, o ministro expressou a satisfação pelos resultados atingidos com o método cubano.

Além de continuar sua aplicação no programa Pescando Letras, Gregolín adiantou que proporão ao Ministério da Educação que o reconheça como um projeto para ensinar a ler e escrever aos brasileiros, por ser bem mais eficaz que os tradicionais existentes no país.

Por seu turno, o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora, sublinhou que aprender a ler e escrever é uma condição para ser livre, para ter cidadania, e rememorou o Herói Nacional cubano, José Martí, quem asseverou "Ser cultos para ser livres".

O diplomata transmitiu a decisão dos professores de seu país que participaram do programa de dedicar esta graduação aos cinco cubanos luitadores contra o terrorismo, presos injustamente nos Estados Unidos desde faz quase 12 anos.

Atualmente desenvolve-se a Jornada Internacional de Solidariedade em demanda da libertação de Gerardo Hernández, René González, Ramón Labañino, Antonio Guerreiro e Fernando González, a qual se estenderá até o próximo 8 de outubro.

Lembrou que no próximo domingo esses cinco antiterroristas cubanos cumprirão 12 anos de injusto, cruel e desumano encarceramento por alertar o seu país dos planos terroristas contra a ilha caribenha de grupos de extrema-direita anticubana radicados na Flórida.





A nível mundial, os amigos de Cuba e da causa dos Cinco -como são conhecidos internacionalmente- se mobilizam para lhe exigir ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que ponha em liberdade esses cubanos combatentes contra o terrorismo, apontou Zamora.

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