O PT dá um passo importante, mas só isso não basta para haver igualdade de gênero
Porém, só isso não basta para haver igualdade de gênero. De 1991 para cá, ou seja, nestes 20 anos, o PT só cumpriu a cota de 30% de mulheres em nível nacional, e no nível estadual e municipal nem sempre. Portanto, há necessidade de maior controle e fiscalização para que as cotas sejam realmente implementadas em todos os níveis da instância partidária.
É fundamental também que as mulheres tenham mais experiência política para que acumulem o capital político necessário para se eleger. Importante também é a transformação da cultura machista ainda predominante e que valoriza mais modelos de comportamento masculino, para que as mulheres consigam participar de maneira igualitária, em uma estrutura que as inclua e não que as ignore. Muitas reclamam que não são ouvidas dentro dos partidos da mesma forma que os homens.
A condição de competição entre homens e mulheres ainda é muito desigual. O avanço das mulheres nas instâncias partidárias não reflete nas esferas representativas. As mulheres do PT não estão conseguindo que o partido cumpra a cota dos 30% para candidaturas no legislativo.
Não se pode deixar de levar em conta, também, que a maioria das mulheres ainda é responsável pelo cuidado com os filhos e, para participar, precisam de estrutura, como creches e horários compatíveis com suas responsabilidades.”
Teresa Sacchet – cientista política e pesquisadora
Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP
São Paulo/SP
(11) 3091-3272 (nupps) - 8110-3570 - teresa.sacchet@gmail.com
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