quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Editora da Igreja Católica vende pornografia na Alemanha

Editora da Igreja Católica vende pornografia na Alemanha



Um dos títulos do acervo da editora
Os alemães foram surpreendidos com a notícia de que uma editora, que pertence à Igreja Católica do país, vende material pornográfico. A Weltbild, segunda maior editora alemã, possui em seu catálogo títulos como “Me chame de vagabunda”, “A prostituta do advogado”, “Me pegue aqui, me pegue agora”, entre outros na mesma linha editorial.
A revelação foi publicada em um informe destinado à indústria editorial alemã e gerou surpresa entre os alemães. A editora possui mais de 2,5 mil livros em seu acervo, vende também CDs, DVDs e conta com mais de 6,4 mil funcionários. Na Alemanha, a editora comprada pela Igreja Católica há mais de 30 anos,fica atrás apenas da Amazon. Em 2009, os católicos tentaram vender a companhia, mas desistiram por conta dos baixos valores ofertados.
Após a denúncia, a editora correu e retirou algumas das publicações de conteúdo pornográfico de seu site, mas antes era possível encontrar fotos nas descrições dos produtos.
Após a divulgação acerca do conteúdo erótico da WeltBild, o diretor da editora, Carel Haff, afirmou que o assunto provocou “um diálogo intenso e crítico” na companhia. Haff disse ainda que os executivos já conversavam a respeito de uma limitação do acervo disponível para evitar a venda de novos livros eróticos, como medida emergencial.
Os bispos da Igreja Católica alemã responderam à divulgação do conteúdo erótico da editora e afirmaram que uma falha “no sistema de filtro” da empresa causou a publicação dos livros.
“Nós colocaremos um fim na distribuição de um possível material pornográfico no futuro”, afirmaram em nota. As declarações dos bispos alemães, no entanto, foram contestadas pelo editor da revista católica PUR, Bernhard Müller.
Segundo ele, o escândalo revelado agora já acontecia há pelo menos uma década com o conhecimento da Igreja do país. Müller disse ainda que em 2008, foi um entregue um documento de 70 páginas evidenciando que a editora estava publicando material com conteúdo pornográfico e satânico. Segundo o editor, as denúncias foram ignoradas.

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