Dilma na Web
"Embora o Brasil tenha uma sociedade representada por uma maioria de mulheres, entretanto, a candidatura de uma dessas representantes ainda surge como um desafio-transgressor, visto que os valores que permeiam as relações sociais são eminentemente hominista/patriarcal, amparado por uma moral-burguesa-fálica espectralmente discriminatória.
É essa, a situação histórica que a candidata do presidente Lula, e do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Roussef, tem enfrentado. Uma situação que a coloca como a potência-filosófica de transformação histórica desses signos que alijaram durante séculos a mulher de uma atuação mais proeminente no universo político/social do mundo. E, no caso de Dilma, no Brasil Colonial-Patriarcal, que, eufemisticamente se diz pós-moderno, essa subjetividade ainda perdura como consciência da elite reacionária/castrada que pretende que a palavra do homem – embora visivelmente caricata, dada as conquistas das mulheres no mundo -, ainda vigore como verdades irrefutáveis. Com a contribuição até mesmo de muitas mulheres que se colocam a favor dessa subjetividade hominista/patriarcal que as mantêm submissas, exploradas e sem participação efetiva na produção do destino histórico do Brasil.
São essas mulheres que ainda não atingiram o estágio da suspeita histórica que Dilma tem que atingir com sua posição de mulher livre que causa estupefação e medo nos fálicos homens da direita retrógrada, que querem ver a pior catástrofe do mundo do que vê-la como presidenta do Brasil, país onde vivem. Uma dor tão profunda para eles, que são até capazes de se aventurar a uma mudança de endereço, preferindo morar em outro país para se livrar do governo de uma mulher que ainda adolescente descobriu que a prisão social do mundo – como diria o filósofo italiano Toni Negri – foi construída pelo medo dos homens, tanto para aprisionar suas próprias liberdades como também das mulheres. Prender as mulheres para justificar seus medos.
Essa a liberdade que Dilma tem que tecer junto às mulheres que ainda não chegaram à suspeita de que o mundo hominista/patriarcal não serve para os seres livres. Que esse mundo, como ilusão niilista humana, só serve para os que abdicaram da existência e se fizeram degenerados da vida. Os malogrados, os danados, frustrados, como diz o filósofo Nietzsche. O que não é o caso das mulheres que já perceberam o grau de sabotagem pelo qual passa a sociedade autoritária que tanto agrada à direita.
A mudança da concepção dessas mulheres que ainda não entraram no estágio da suspeita do mal que é a subjetividade hominista/patriarcal tem que também ser tecida em um processual, que além de envolver, fundamentalmente, Dilma, deve contar com os encadeamentos das potências libertadoras que tanto os homens livres carregam, assim como também todas as mulheres que já entraram na ordem da suspeita e se libertaram. Só dessa forma será possível libertar as paixões tristes que dominam essas mulheres sujeitadas pela subjetividade da dor produzida por essa tara hominista/patriarcal. Para que elas possam, livres, votar, junto com os homens e mulheres livres, em Dilma.
Esses corpos livres que vão ser os responsáveis pela eleição de Dilma. Uma eleição que não é um mero ato de votar, mas a construção de outra subjetividade saída dos entendimentos filosóficos-históricos. Uma eleição que é um salto histórico cuja substância ontológica transformadora é filosófica. Nisso, votar em Dilma é uma práxis filosófica real e não uma abstração fetichista, como são concebidas eleição e democracia pela direita alienada".
Do Blog Afinsophia.
Comentário:
Do Blog Afinsophia.
Comentário:
A eleição de 2010 e a vitória de Dilma além de representar um salto histórico significará também um novo patamar no grau de evolução da consciência humana. Será um salto quântico .
1 comentários:
Evolução do grau de cosnciência com a passagem para um meme superior é para poucos que já iniciaram a trilha da busca eprática de um estágio de consci~encia mais elevado.
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