domingo, 6 de junho de 2010

Caminhos percorridos pela África do Sul


Breve História da África do Sul
A África do Sul é um país extenso, com grande diversidade de habitates e povos que, ao longo dos séculos, foram deixando as suas marcas. Por essa razão a história da África do Sul - que, de acordo com o conhecimento mais recente, pode bem ser o “berço da humanidade” – está relativamente bem documentada e plena de acontecimentos com importância para todo o mundo:
vários sítios que foram considerados Património Mundial, entre os quais vários com importância histórica, e foi contemplada com 5 Prêmios Nobel, principalmente nos anos que antecederam ou vieram imediatamente a seguir à queda do apartheid,sendo 3 Nobel da Paz:
o bispo anglicano Desmond Tutu, em 1984, pelos seus esforços pacíficos contra o regime do apartheid;
o último presidente do apartheid, Frederik de Klerk, em 1993, que o recebeu em conjunto com
Nelson Mandela, que foi o primeiro presidente do pós-apartheid e
dois Prémios Nobel de Literatura, o primeiro, em 1991, Nadine Gordimer e, em 2003, John Maxwell Coetzee.
Foi colonizada pelos holandeses em 1652 como um ponto de parada para os navios em seu caminho para as Índias Orientais. Frutas e vegetais foram cultivadas aqui para combater o problema do escorbuto, a bordo dos navios de passagem. Os holandeses colonizaram a área que viria a se tornar a Cidade do Cabo e com o tempo estendeu por toda a ponta de toda a África Austral.
Após as guerras napoleônicas, em 1815, a África do Sul mudou de mãos e se tornou uma colônia britânica. Muitos dos holandeses foram para o norte para fugir do Inglês. Aqui eles encontraram tribos que, ao longo do tempo, tinha se mudado para o sul de África central Seguiu-se um período de guerra entre os bôeres holandeses e os zulus, uma poderosa tribo liderada por Shaka. Os Boers finalmente ganharam e criaram um estado Africano no norte. Em 1899 houve a Guerra dos Bôeres, como resultado da tentativa Inglês de anexar este estado Africano Em 1910 a África do Sul tornou-se uma união, uma aliança entre os Estados-Inglês e Africano. Em 1960, a África do Sul ganhou a independência do domínio britânico e tornou-se uma república Este período foi uma época muito difícil para muitas pessoas, uma vez que o Apartheid foi plenamente aplicado. Durante a década de 90, com a libertação de Nelson Mandela (que se tornou presidente) e da abolição das leis do apartheid, a África do Sul passou por uma transformação incrível. A África do Sul percorreu grandes obstáculos para se tornar uma nação cujo sonho de unidade e propósito comum é agora capaz de realização para todos os seus povos. Wikipédia, a enciclopédia livre:.http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&lan:
Sobre Mandela e Mugabe
Luiz Carlos Azenha
Quando eu era correspondente em Nova York, nos anos 90, uma de minhas diversões favoritas era acompanhar a chegada de novos jornalistas brasileiros à cidade. Eu e outros veteranos no posto acompanhávamos com interesse a “descoberta” dos recém-chegados. Escreviam no jornal ou falavam na televisão como se ninguém antes deles tivesse pisado em Nova York.
“Descobriam” as nevascas, o melhor hamburguer, as noitadas “exclusivas” em recantos pouco frequentados de Manhattan.
Agora, afinal, terei a oportunidade de ver uma reprise do que testemunhei. Em alguns dias teremos centenas de repórteres brasileiros na África do Sul e eles vão “descobrir” o apartheid, a cidade racista onde só vivem africâners e a estátua de Nelson Mandela no centro de Johanesburgo. Ah, sim, Mandela será devidamente reconhecido como o herói que foi — hoje em dia, até os racistas de ontem se escondem atrás de Mandela.
A imagem de Mandela se encaixa perfeitamente na narrativa que deverá acompanhar a venda da Copa do Mundo da África do Sul ao mundo, aquela narrativa maniqueísta, bland, cujo objetivo principal, ainda que inconsciente, é fazer o telespectador/leitor/ouvinte se sentir bem. Sim, Mandela é o “nosso herói”. Mas um herói só pode ser apresentado em contraposição a alguém diabólico e, na falta de um bom africâner, talvez meus colegas optem por falar de Robert Mugabe, o eterno presidente do Zimbábue, país vizinho da África do Sul.
Mugabe foi devidamente demonizado pela mídia ocidental, especialmente pela britânica, embora não seja o mais cruel, nem o pior dos ditadores da África. Mugabe não foi demonizado apenas pelo que fez de ruim, mas provavelmente pelo que fez de bom para aqueles que o defendem. Mugabe fez a reforma agrária! Tirou terras dos brancos e as transferiu para fazendeiros negros. Foi o único líder africano, desde o fim do colonialismo europeu, nos anos 50, que mexeu neste vespeiro.
Terra, como vocês sabem, é o principal bem de um africano. A maioria dos habitantes do continente depende da terra para sobreviver. Todas as grandes rebeliões do período colonial, na África, foram causadas pelo avanço dos brancos sobre terras de povos locais. A rebelião do herero, na Namíbia, foi assim. A rebelião dos mau mau, no Quênia, foi assim. A rebelião dos maji maji, na Tanzânia, também. Na África do Sul, ainda hoje, os fazendeiros brancos controlam a maior parte das terras férteis.
Isso se deve aos compromissos que o Congresso Nacional Africano (ANC), o partido de Mandela, assumiu ao fazer a transição do fim do apartheid. O ANC, que um dia foi um partido revolucionário, escreveu uma espécie de “carta aos sul africanos”, na qual prometeu mudanças lentas, graduais e seguras. Para todos os efeitos, a reforma agrária prometida pelo ANC nunca saiu do papel. Os problemas mais graves foram resolvidos com o pagamento de indenizações.
Por incompetência governamental, os fazendeiros negros que tiveram acesso à terra não tiveram acesso a insumos ou assistência técnica. Em vez de resolver o problema da terra, o ANC voltou-se para a criação de uma classe média negra, urbana. Meus colegas certamente notarão isso: as leis do apartheid sumiram, os sul africanos hoje tem total liberdade de movimento, mas o apartheid social é tão dramático quanto o que existia 15 anos atrás. Para todos os efeitos, brancos e negros sul africanos vivem em universos distintos.
No Zimbábue a situação econômica melhorou desde que um governo de coalizão foi formado. A reforma agrária era uma demanda nacional, não apenas dos partidários de Mugabe, embora estes tenham sido os mais beneficiados pela distribuição de terra. Aliás, esta é a origem da força política que sustenta Mugabe no poder: ele fez, aos trancos e barrancos, a reforma agrária! Podemos discutir os métodos e o resultado final. Mas é indiscutível que Mugabe só se sustenta no poder por ter atendido à demanda da base rural do Zanu-PF, o partido que ele comanda.
Para minha própria surpresa, descobri na África que muitos africanos apóiam e elogiam Mugabe fazendo a comparação entre ele e Nelson Mandela: um fez a reforma agrária; outro, não. É óbvio que as coisas não são tão simples assim. Quem pesquisar melhor vai descobrir que Mugabe e Mandela estão do mesmo lado.
Uma das críticas recorrentes da mídia internacional a Thabo Mbeki, o antecessor do atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, se relacionava ao fato de que ele nunca retirou o apoio do ANC e da África do Sul ao ditador do Zimbábue. Isso tem duas explicações: de um lado, a retirada dos fazendeiros britânicos do Zimbábue interessa à própria África do Sul e aos interesses do agronegócio sul africano, que se expandem além-fronteira; de outro lado, Mugabe é um parceiro histórico do ANC.
Quando o regime racista da África do Sul se sentia crescentemente ameaçado, optou por estabelecer um cordão sanitário na vizinhança: financiou a guerra civil em Angola, em Moçambique e no Zimbábue (então chamado de Rodésia) e ocupou militarmente a Namíbia. Foi então que se forjou a aliança que, mais tarde, teria um papel importante no isolamento político e econômico da África do Sul e no fim do apartheid.
Portanto, Mandela se tornou quem é um pouco por causa de Mugabe; e Mugabe está onde está em parte por força do ANC de Mandela. Mugabe e Mandela foram aliados históricos, contra regimes racistas que tiveram origem na filosofia de superioridade racial dos africâners.
Seria mais simples ter escrito que um é mocinho e o outro bandido, não?
Hino Oficial da África do Sul
Lyrics:
(Xhosa) Nkosi sikelel' iAfrika
Maluphakanyisw' uphondo lwayo,
(Zulu) Yizwa imithandazo yethu,
Nkosi sikelela, thina lusapho lwayo.
(Sesotho) Morena boloka setjhaba sa heso,
O fedise dintwa le matshwenyeho,
O se boloke, O se boloke setjhaba sa heso, Setjhaba sa
English) South Africa, South Africa !
(Afrikaans) Uit die blou van onse hemel,
Uit die diepte van ons see,
Oor ons ewige gebergtes,
Waar die kranse antwoord gee,
(English) Sounds the call to come together,
And united we shall stand,
Let us live and strive for freedom,
In South Africa our land.
Português:
Deus abençoe a África
Que suas glórias sejam exaltadas
Ouça nossas preçes
Deus nos abençoe, porque somos seus filhos
Deus, cuide de nossa nação
Acabe com nossos conflitos
Nos proteja, e proteja nossa nação
À África do Sul, nação África do Sul
Dos nossos céus azuis
Das profundezas dos nossos mares
Sobre as grandes montanhas
Onde os sons se ecoem
Soa o chamado para nos unirmos
e juntos nos fortalecermos
Vamos viver e lutar por liberdade
Na África da Sul a nossa terra.

Copa do Mundo 2010
A Copa do Mundo 2010, primeira edição da principal competição futebolística do planeta em solo africano. Desde o fim da Guerra Fria, tivemos a mundialização do Capitalismo e o processo de enriquecimento das ligas europeias - sob os auspícios do projeto de integração econômica, política e social daquele continente. Isso marcou o rompimento do paradigma nacional, onde os jogadores atuavam em seus países de origem e uma seleção brasileira, por exemplo, era sinônimo de uma seleção do Brasil e não apenas de brasileiros como é hoje. Em suma, falamos de uma competição entre times nacionais de um mundo desnacionalizado. Uma competição mundial feita para a massa de consumidores globais, jogada em um dos países consumidos pelo globo. Vale o espetáculo, muito embora o significado em parte tenha sido perdido - ou exarcebado, sabe-se lá. ...
Hino Oficial da Copa 2010
Este es el tema oficial del mundial de fútbol Sudáfrica 2010
La canta K'naan y se llama "Waving Flag"
Música sul-africana
Homenagem
Miriam Makeba foi a mais conhecida cantora, compositora, atriz e ativista pelos direitos humanos da África do Sul. Ficou conhecida também como Mama África.
Intérprete:Miriam Makeba
Música:Pata Pata




Tradição
Tribo Swazi - Canção Zulu
Tribo localizada na divisa da Áfica do Sul com a Swazilandia




Atualidade
Ladysmith Black Mambazo 2003




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