sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dilma cresce junto ao eleitorado feminino, mostra Ibope



Ao criarmos este blog, apostávamos que havia necessidade de levar uma mensagem feminina ao eleitorado.O nome mariadapenhaneles, foi pensando para homenagear uma das mulheres mais emblemáticas na luta pela não violência às mulheres, foi também para que nos preparássemos para os eventuais ataques de cunho sexista que, porventura, os opositores fizessem à candidata Dilma Rousseff.
Recebemos algumas críticas, pois achavam que um blog com esta proposta poderia induzir ao pensamento de que a campanha se pautaria pela oposição de gênero.
Estávamos certas ao idealizar este espaço.
Dilma Rousseff é a melhor candidata independente do gênero, mas a mensagem para o eleitorado feminino deve ser diferenciada, pois homens e mulheres são diferentes.
A última pesquisa que dá vantagem à Dilma, analisada no texto abaixo, mostra que tivemos sensibilidade feminina para perceber isto. A coordenação da campanha de Dilma, também percebeu.
Parabéns!





Faltando menos de quatro meses para ir às urnas, as eleitoras se mostram cada vez mais dispostas a votar em Dilma Rousseff (PT) para presidente. O detalhamento da pesquisa Ibope divulgado hoje revela que Dilma e o candidato do PSDB, José Serra, estão empatados com 37% das intenções de voto do eleitorado feminino. O último levantamento do Ibope, realizado em março, mostrava Dilma com 29% das intenções de voto entre as mulheres, contra 40% do tucano.
Em outro levantamento, do instituto Vox Populi, realizado há um mês, a petista está bem colocada no voto masculino, com 41%, mas patinava entre as mulheres, grupo em que 33% declararam apoio à candidata.

Para reverter a situação, a convenção eleitoral do PT que oficializou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República, no último dia 13 de junho, já vinha focando no eleitorado feminino. Com olhos e discursos postados sobre este público, o evento indicou o que deve ser a tônica da campanha para renovar a estadia no Palácio do Planalto por mais quatro anos. Para tentar avançar sobre o eleitorado feminino, que, segundo as estatísticas de então, pendia para o lado de José Serra, o marketing petista investiu em aproximar a candidata à imagem de personalidades que marcaram época, como Anita Garibaldi e Patrícia Galvão, a Pagú. Os discursos proferidos por Dilma e Lula também se concentraram nas mulheres. Maria da Penha, símbolo do combate à violência doméstica, foi a única pessoa de fora do meio político a participar da mesa principal. A convenção reuniu cerca de 2,5 mil pessoas.



O foco no público feminino provocou até uma mudança sutil na identidade da legenda. Comandada pelo marqueteiro João Santana, a estratégia vem inserindo, aos poucos, a cor lilás em bandeiras, antes norteada pelo vermelho tradicional. As imagens da convenção, gravadas para serem exibidas em propaganda partidárias, incluíram até a presença de diversas meninas, vestidas com réplicas da faixa presidencial.

O discurso proferido por Dilma na convenção também foi permeado por símbolos femininos. “Sei que esta festa não é para homenagear uma candidata. Aqui se celebra, em primeiro lugar, a mulher brasileira!”, anunciou. Ao citar exemplos dos progressos na distribuição de renda durante a gestão de Lula, em comparação com governos anteriores, a candidata recorreu a linguagens próximas do imaginário feminino. “Sempre diziam que tinha de melhorar a casa primeiro para depois melhorar a situação. Falavam, falavam e nunca melhoravam. É impossível arrumar a casa deixando dois terços dos filhos à margem, ao relento”, apontou. O discurso ficou quatro dias em gestação e teve pinceladas de assessores diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como Franklin Martins e Marco Aurélio Garcia, além dos coordenadores de campanha, Antônio Palocci e Fernando Pimentel, e de João Santana.

Versos do jingle de campanha, repetido à exaustão, também levavam o debate de campanha para o campo do gênero: “É a mulher e sua força verdadeira. Eu tô com Dilma, uma grande brasileira”.

Nos dois dias antecedentes à oficialização da candidatura, 300 mulheres do PT participaram de uma plenária, em Brasília, que discutiu as melhores estratégias para derrubar a resistência do eleitorado feminino. Treze pontos genéricos foram discutidos na plenária, entre eles ampliar a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão.

“Em cada estado, devemos mobilizar as mulheres dentro e fora do partido. O objetivo é fortalecer o nome de Dilma”, afirmou Socorro Pimentel, 55 anos, que veio da Paraíba para participar da plenária de mulheres e para reforçar o time feminino na convenção nacional do PT.

Filiada ao PT do Pará, Adelaide Brasileiro, 61, reclamava do machismo dentro do partido. “Muitas mulheres se candidatam apenas para cumprir a cota de 30% instituída no partido. Essas mulheres acabam fazendo campanha para os companheiros homens.” A militante acredita que a candidatura de Dilma vai quebrar resistências na legenda. “Ela vai inverter essa lógica.”

do www.vermelho.org

0 comentários: