Uma canção palestina
Top Secret: o negócio atômico Israel - Apartheid
Deu muito trabalho, mas é algo que, infelizmente, a imprensa brasileira, com todos os seus recursos, não se dignou a fazer. O Tijolaco.com foi buscar os documentos publicados pelo jornal inglês “The Guardian” para demonstrar que, sendo verdadeiros, se trata de um escândalo mundial que não pode ser abafado pela mídia.
Veja documento original http://www.tijolaco.com/?p=15476
Israel não só ofereceu armas nucleares para a África do Sul, como o fez por “identidade de aspirações e interesses”, como escreveu o então ministro da Defesa de Israel e hoje presidente do país, Shimon Peres, em carta ao secretário de Informação da África do Sul, E.M.Rhoodie, datada de 22 de novembro de 1974, quando as negociações ainda estavam em curso.
A África do Sul era um país isolado pela comunidade internacional pela sua política racista do apartheid . Estava sob embargo mundial e nem nos Jogos Olímpicos era aceita. Em relação a esse estado condenado por seu segregacionismo, Israel manifestava um apreço impressionante pelo que se constata na carta de Peres, um dos documentos revelados pelo The Guardian para comprovar a negociação nuclear entre os dois países.
Peres inicia a correspondência agradecendo os esforços de Rhoodie nos encontros que tinham acontecido naquele mês, em Pretória, e escreve que a cooperação entre Israel e África do Sul se baseava “não apenas nos interesses comuns e na determinação similar de resistir aos nossos inimigos, mas também nos inabaláveis fundamentos de nosso ódio comum à injustiça e de nossa recusa de se submeter a ela.”
O texto é um primor de sarcasmo na referência ao ódio à injustiça em se tratando de uma África do Sul que a praticava diariamente em sua repugnante política com base na superioridade de brancos sobre negros.
ISRAEL AND THE SOUTH AFRICAN BOMB APPENDIX 1 MEMORANDUM OF MARCH 1975 veja em http://www.tijolaco.com/?p=15476
Os documentos revelados pelo The Guardian são esmagadores e não deixam nenhuma dúvida sobre a negociação em curso. Em um memorando secreto de março de 1975, do chefe militar da África do Sul, general RF Armstrong, duas suposições foram feitas sobre o sistema de armamentos oferecido por Israel: que os mísseis seriam armados com ogivas nucleares manufaturadas na África do Sul ou obtidas em outro lugar, e que os mísseis teriam uma longevidade aceitável de modo que se mantivessem estáveis e operacionais por um considerável número de anos enquanto estivessem armazenados.
A primeira suposição seria inexeqüível, já que a África do Sul não tinha a menor condição de construir armas atômicas. Em um encontro posterior entre Peres e o ministro da Defesa sul-africano Pieter Botha, em Zurique, as referências ao Projeto Jericho, de armas nucleares israelenses são claras. Nessa época, o projeto era conhecido pelo codinome Chalet, nome usado no documento oficial e já revelado, antes da publicação do jornal inglês, no livro How SA built six atom bombs. (Como a África do Sul construiu seis bombas atômicas) http://www.defenceweb.co.za/index.php?option=com_content&view=article&id=5942:book-review-how-sa-built-six-atom-bombs-&catid=57:Book%20Reviews&Itemid=141
As minutas do encontro classificado como” top secret” registram que o “ministro Botha manifestou interesse em um número limitado de unidades do Chalet, sujeito à disponibilidade correta da carga. O ministro Peres disse que a carga correta estava disponível em três tamanhos. O ministro Botha expressou sua satisfação e disse que faria consultas.
O The Guardian, os três tamanhos fariam referência a armas convencionais, químicas e nucleares. Para o jornal inglês, o eufemismo “carga correta” (correct payload) reflete se tratar de arma nuclear pois não seria utilizado no caso de armas convencionais.
A África do Sul opta pela aquisição de armas nucleares por ter concluído que as ameaças ao país estavam se tornando um real perigo em curto prazo. O país do apartheid vislumbrava a possibilidade de que um inimigo, assumindo identidade africana ou de um exército de libertação, poderia adquirir e lançar contra ele um ataque com arma nuclear.
O memorando apontava a China como a potência nuclear mais provável de se associar a “tal aventura”, e citava o diretor da “Agência Central de Armas” dos EUA, que sustentava que as armas nucleares se tornariam disponíveis a grupos subnacionais – rebeldes - nos próximos 10 anos.
Os documentos, tornados disponíveis pela África do Sul, revelam que a existência do acordo deveria ser secreta, o que foi aceito pelas duas partes, com a assinatura de Peres e do ministro da Defesa sul-africano Pieter Botha.
E ficou secreto por mais de 30 anos.
A verdade, porém, nunca pode ser oculta indefinidamente. A verdade surge justamente agora, quando o mundo precisa ver quem é quem nesta discussão sobre controle da energia atômica. Fonte: http://www.tijolaco.com/?p=15476
É possível uma comparação entre os palestinos e os negros nos tempos de apartheid na África do Sul?
Judeus hassídins ou Neturei Karta rejeitam sionismo
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10 comentários:
LIVRO REVELA QUE ISRAEL FORNECEU ARMAS NUCLEARES PARA O REGIME DO APARTHEID DA ÁFRICA DO SUL
O lançamento do Livro “The Unspoken Alliance", escrito por Sasha Polakow-Suransky, pode ser considerado uma verdadeira bomba, cujos estilhaços atingirão seriamente a imagem dos E.U.A. e de Israel. Ao revelar, com provas irrefutáveis, que Israel negociou a venda de Armas Nucleares para o regime do Apartheid da África do Sul, nos anos 1970, justamente num momento em que Washington desencadeia uma campanha agressiva para aumentar as sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear, as revelações de Suranski , no mínimo, causarão sérios embaraços para as ambições imperialistas norte-americanas.
Sasha Polakow-Suransk demonstra, em sua obra, que o estado sionista vendeu essas armas a um regime pária que tinha desferido vários ataques militares contra seus vizinhos, enquanto travava incessante opressão e violência do Estado racista contra a sua própria população de maioria negra.
Entre as provas da expansão nuclear de Israel,o autor publicou um pedido formal do regime de apartheid sul-africano de fornecimento de mísseis nucleares equipados e as atas das reuniões realizadas em 1975, em que o então ministro da defesa israelita (agora presidente de Israel), Shimon Peres, negociou com o seu homólogo sul-africano, a PW Botha,os termos de tal venda. Essas atas, que estão assinadas por Peres, inclui suas declarações indicando que Israel estava preparado para vender para Pretoria seus mísseis Jericó e as ogivas de "três dimensões", ou seja convencional, biológica e nuclear.
Em seu livro, Suransk, escreve que Israel continuou a servir como suporte para o regime do apartheid e que colaborou intimamente em programas de armas nucleares, testes de mísseis Jericó, na África do Sul, fornecendo material de armas nucleares e, aparentemente, a realizou pelo menos um teste comum de uma arma nuclear em 1979, no Oceano Índico, em flagrante violação dos tratados internacionais.
Segundo o autor, Israel tentou, sem sucesso, pressionar o atual governo da África do Sul para que desclassificasse os documentos que tinham sido declarados como segredo entre Tel Aviv e Pretória.O governo israelense e seus apoiadores se esforçaram para evitar, durante décadas, para que ninguém chamasse atenção para as semelhanças óbvias entre as condições impostas aos palestinos vivendo sob ocupação na Cisjordânia e Gaza e o sistema de apartheid da África do Sul como anti-semita. Mas o livro demonstra o que muitos já perceberam:as semelhanças evidentes entre os dois regimes e sua mútua colaboração.
No livro há também uma mensagem diplomática enviada pelo atual presidente de Israel, Shimon Peres, à Pretória depois de uma visita secreta à capital sul-africana, em 1974, onde ele propõe uma aliança entre os dois regime, dizendo que "esta relação é baseada não só em interesses comuns e na determinação de resistir a nossos inimigos, mas também sobre os fundamentos inabaláveis de nosso ódio comum à injustiça...”
Que ódio comum à "injustiça" era esse que Israel compartilhava com o regime de supremacia branca na África do Sul? Este país era governado, na época do apartheid, pelo simpatizante nazista, BJ Vorster que congratulou-se, durante sua visita a Jerusalém em 1976, que havia sido preso na II Guerra Mundial porque apoiou Hitler. Tudo isso deixa claro que houve intensa colaboração entre os dois países e troca de experiências sobre a violência praticada contra os palestinos e a maioria negra.
Falando para uma platéia em Tel Aviv University, o ex-chefe do exército israelense , Rafael Eitan, advertiu que os negros sul-africanos "querem ganhar o controle sobre a maioria branca como os árabes aqui querem ganhar o controle sobre nós. E nós, também, como a minoria branca na África do Sul, devemos agir para impedi-los. "
Em 1986, um técnico na instalação nuclear israelense, Mordechai Vanunu, vazou para a Sunday Times de Londres informações detalhadas e fotografias de operações secretas de Dimona, confirmando que Israel tinha acumulado um considerável arsenal nuclear. Vanunu foi,posteriormente, seqüestrado pela polícia secreta do Mossad, julgado em segredo e condenado a 18 anos de prisão, ficando por uma década, em confinamento solitário.
Após a publicação dos documentos de Polakow-Suransky, no jornal inglês “The Guardian”, foi noticiado em Israel que Vanunu tinha sido novamente preso , acusado de violação às regras de sua condicional. "Que vergonha Israel ... me colocar na prisão após 24 anos por eu ter dito a verdade ", disse Vanunu após sair do tribunal , no domingo passado (23/05)
As provas documentais publicadas no livro de Suransky, não apenas confirmam que Israel acumulou em segredo, com a proteção Washington, armas nucleares, mas também que negociou essas armas com um regime criminoso.
O fato de Israel, o país mais perigoso daterra, possuir armas nucleares e implementar sua proliferação,ignorando as leis internacionais,significa que a Humanidade está em risco.
Beth Monteiro
Fontes: resumo do livro " A Aliança Secreta de Israel com o Apartheid da África do Sul", de Sasha Polakow-Suransky por Bill Van Auken
Neturei Karta Versus Sionismo
Na atual guerra entre judeus e palestinos podemos salientar que não é a totalidade do povo judeu que está envolvido na guerra. Entre os judeus existe duas facções diametralmente opostas: a facção Sionista adeptos da conservação do Estado de Israel e o grupo Neturei Karta (Guardiões da Cidade) que se posiciona contra o Estado de Israel e também contra a guerra com os Palestinos.
O Sionismo é um movimento político dentro do povo judeu que defende o direito à existência do Estado Judáico sendo chamado também de nacionalismo judáico. Acredita que o problema do anti-semitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem se reunir e se estabelecem no Estado Nacional Independente ou seja o Estado de Israel.
O Sionismo possuia a sua origem em 1897 e seus integrantes passaram a discutir em que terra deveria estabelecer o Estado de Israel sendo cogitado nas terras do Chipre, Argentina, Congo e outras terras propícias. A partir de 1917 o movimento estabeleceu que o Estado de Israel deveria ser construido na Palestina. A tese de construção do Estado de Israel na Palestina foi envolvida com significados religiosos na redenção do povo de Israel especificamente na terra prometida.
Na segunda metade do século XIX a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada e religiosamente estruturada dentro do Islamismo. O estabelecimento do Estado de Israel na Palestina alteraria totalmente o equilíbrio étnico e demográfico da região, pois, os costumes, o idioma e o povo que habitaria o Estado de Israel tinha origem nos judeus que habitavam o leste europeu, uma cultura totalmente estranha à comunidade árabe local tambem constituída de judeus.
O Sionismo possuia a sua origem em 1897 e seus integrantes passaram a discutir em que terra deveria estabelecer o Estado de Israel sendo cogitado nas terras do Chipre, Argentina, Congo e outras terras propícias. A partir de 1917 o movimento estabeleceu que o Estado de Israel deveria ser construido na Palestina. A tese de construção do Estado de Israel na Palestina foi envolvida com significados religiosos na redenção do povo de Israel especificamente na terra prometida.
Na segunda metade do século XIX a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada e religiosamente estruturada dentro do Islamismo. O estabelecimento do Estado de Israel na Palestina alteraria totalmente o equilíbrio étnico e demográfico da região, pois, os costumes, o idioma e o povo que habitaria o Estado de Israel tinha origem nos judeus que habitavam o leste europeu, uma cultura totalmente estranha à comunidade árabe local tambem constituída de judeus.
Em 1947 a ONU propôs e foi aceito um Plano de Partilha da Palestina, para a formação de dois estados sendo um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe. A representação judaica aceitou o plano mas a representação árabe alegou-se prejudicada e espoliada não aceitando a partilha iniciando-se os conflitos.
Opondo ao Sionismo existe o grupo judeu denominado Neturei Karta formado por judeus ultra-ortodoxos que rejeita todas as formas de Sionismo e se opõem ativamente contra o Estado de Israel. Seu número é de cerca de 5000 membros, concentrados principalmente em Jerusalem Há diversos outros pequenos gruposassociados aos Neturei Karta em Israel, nos EUA e na Inglaterra.
Os Neturei Karta crêem que a Diáspora judáica (dispersão) é resultado dos pecados do povo judeu, e que qualquer forma de tentar recontruir um Estado judaico é uma violação da vontade de Deus. Acreditam que o Holocausto é uma punição divina sobre o povo judéu, principalmente pela adoçaõ do Sionismo como ideologia. Defendem que os judeus devem permanecer no exílio até que o Estado judáico seja trazido não por homens, mas por Deus quando ocorrer a vinda do Messias. A redenção para os Neturei Karta pode ser obtida apenas pela penitência e pela oração.
Os integrantes do Neturei Karta salientam que o Sionismo rejeita o Criador, a Sua revelação e a necessidade da penitência. Dizem que a mentira sionista foi transforamada em verdade devido as forças poderosas existentes na comunicação social e no aparelho educativo do sistema. A mentira sionista transformada em verdade trouxe sofrimento sem antecedentes a pessoas inocentes e vai continuar se a “verdade” Sionista não for detida.
Salientam os representantes da Neturei Karta: “Nós temos estado na frente da batalha contra o sionismo há mais de um século. Entristecemos todos os dias com a terrível contagem de mortes que emana da Terra Santa. "
Diante das atrocidades existentes atualmente entre Sionistas e Palestinos e outras guerras entre povos não podemos esquecer as palavras de Sathya Sai Baba: “ Nós devemos cultivar a unidade, pois, todos somos filhos de Deus, nós todos somos irmãos. Devemos preservar essa unidade em nosso coração. Às vezes, pode haver algumas diferenças entre os irmãos, por isso, devemos aprender a nos adaptarmos uns aos outros, nunca esquecendo que todos somos filhos de Deus”.
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=16235
Diversas correntes de pensamento são importantes para a compreensão do sionismo hoje. Achad Haam, por exemplo, foi o criador de uma visão peculiar do sionismo mas que é intimamente ligada aos dias atuais. Há ainda Rav Kook, com o sionismo religioso, e Jabotinsky, criador da União Mundial dos Sionistas Revisionistas.
Relativamente às criticas dirigidas ao Sionismo, de que seria um movimento de cunho racista, seus defensores defendem-se alegando que o Sionismo não é doutrinariamente unificado e coeso, possuindo diversas versões divergentes umas das outras. Além disso, alguns também discordam afirmando que palestinos e judeus não são racialmente distintos, e assim não se aplicaria o termo já que a discriminação não se funda na raça.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sionismo
O apartheid, no dia-a-dia dos palestinos
Jerusalém: o “apartheid de rua”
10/7/2010, Mya Guarnieri, Al-Jazeera, Qatar
Mahmoud Alami, motorista de táxis em Jerusalém, conhece a cidade como a palma da mão. Conhece cada bairro, todas as ruas. E conhece os semáforos. Um dos semáforos, sobretudo, intriga-o muito, não profissionalmente, mas pessoalmente.
Esse semáforo fica entre Beit Hanina, bairro palestino, e Pisgaat Zeev, colônia exclusiva para judeus.
“O sinal fica verde [para os colonos judeus], por cinco minutos. Mas e para sair e entrar em Beit Hanina? Só dois ou três carros conseguem atravessar”, diz Alami. Na direção de Beit Hanina, o sinal fica aberto só por alguns segundos. “Não dá tempo de passar. Por isso, na direção de Beit Hanina, sempre há engarrafamentos-monstro. E ninguém passa.”
Al Jazeera foi conferir: o farol que abre na direção das colônias e bairros exclusivos para judeus permanece aberto por um minuto e meio. Nas áreas palestinas, por 20 segundos. Em todos os casos, o sinal verde, em todas as áreas predominantemente árabes de Jerusalém Leste, fecha em menos de 10 segundos.
“[Os palestinos] vivem engarrafados, sem poder avançar”, diz Amir Daud, também motorista de táxi. “É reflexo da situação terrível em que as pessoas vivem.”
Discriminação no orçamento
Engarrafamentos de trânsito são um dos problemas das áreas de infraestrutura e serviços nas áreas palestinas de Jerusalém. As estradas não recebem qualquer tipo de manutenção. São estreitas e esburacadas. E praticamente não há sinalização de trânsito nas ruas e calçadas.
As latas de lixo são quase sempre comunitárias, e sempre em número menor que o necessário. Os pedestres são obrigados a andar pelos acostamentos, tentando evitar as pilhas de lixo. (…)
O orçamento municipal de Jerusalém é dividido de modo absolutamente desigual. O exemplo mais dramático é o departamento de esportes da cidade: apenas 0,5% dos fundos são alocados nos bairros árabes; 99,5% dos fundos municipais para esportes são alocados nas áreas exclusivas para judeus.
Qualidade de vida
ler mais em
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-apartheid-no-dia-a-dia-dos-palestinos.html
O apartheid, no dia-a-dia dos palestinos
Jerusalém: o “apartheid de rua”
10/7/2010, Mya Guarnieri, Al-Jazeera, Qatar
Mahmoud Alami, motorista de táxis em Jerusalém, conhece a cidade como a palma da mão. Conhece cada bairro, todas as ruas. E conhece os semáforos. Um dos semáforos, sobretudo, intriga-o muito, não profissionalmente, mas pessoalmente.
Esse semáforo fica entre Beit Hanina, bairro palestino, e Pisgaat Zeev, colônia exclusiva para judeus.
“O sinal fica verde [para os colonos judeus], por cinco minutos. Mas e para sair e entrar em Beit Hanina? Só dois ou três carros conseguem atravessar”, diz Alami. Na direção de Beit Hanina, o sinal fica aberto só por alguns segundos. “Não dá tempo de passar. Por isso, na direção de Beit Hanina, sempre há engarrafamentos-monstro. E ninguém passa.”
Al Jazeera foi conferir: o farol que abre na direção das colônias e bairros exclusivos para judeus permanece aberto por um minuto e meio. Nas áreas palestinas, por 20 segundos. Em todos os casos, o sinal verde, em todas as áreas predominantemente árabes de Jerusalém Leste, fecha em menos de 10 segundos.
“[Os palestinos] vivem engarrafados, sem poder avançar”, diz Amir Daud, também motorista de táxi. “É reflexo da situação terrível em que as pessoas vivem.”
Discriminação no orçamento
Engarrafamentos de trânsito são um dos problemas das áreas de infraestrutura e serviços nas áreas palestinas de Jerusalém. As estradas não recebem qualquer tipo de manutenção. São estreitas e esburacadas. E praticamente não há sinalização de trânsito nas ruas e calçadas.
As latas de lixo são quase sempre comunitárias, e sempre em número menor que o necessário. Os pedestres são obrigados a andar pelos acostamentos, tentando evitar as pilhas de lixo. (…)
O orçamento municipal de Jerusalém é dividido de modo absolutamente desigual. O exemplo mais dramático é o departamento de esportes da cidade: apenas 0,5% dos fundos são alocados nos bairros árabes; 99,5% dos fundos municipais para esportes são alocados nas áreas exclusivas para judeus.
Qualidade de vida
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