sábado, 17 de julho de 2010

Abertura da campanha de Dilma

Abertura da campanha de Dilma - 16/-7/2010 - Rio de Janeiro - RJ

“É por isso que a minha alma bate forte, quando eu posso pegar na mão de uma companheira, e dizer: Dilminha, eu tenho a convicção de que o Brasil precisa de você e de que você pode ajudar o Brasil. Que Deus te abençoe e que Deus te faça com a força desse povo a futura presidenta da República desse país para que o Brasil experimente pela primeira vez que a mulher não é objeto de cama e mesa, que a mulher é um ser político e ela pode fazer mais e melhor do que nós fizemos durante 500 anos nesse país". Lula da Silva

“Vocês vejam que eu também não posso errar, porque a primeira mulher presidente da República tem de honrar a todas as mulheres, honrar a cada uma das mulheres que trabalham, que criam seus filhos e que muitas vezes têm duas ou três jornadas de trabalho”, explicou, acrescentando que carrega um legado importante a ser deixado por Lula: o da esperança que brotou no coração dos brasileiros com as novas conquistas do país.

Carrego um legado que é um legado sagrado, é da transformação e o da esperança desse país, que levantou a cabeça e hoje pode se olhar nos olhos de cada uma das mulheres e dos homens desse país, olhar para as nossas crianças e perceber que o nosso povo sabe, tem certeza que nós governaremos para ele”, afirmou. “Porque nós não somos aqueles que acreditam que vão governar sozinhos. Nós vamos governar com o povo, escutando povo, percebendo as suas necessidades e fazendo o possível e impossível". Dilma - candidata à presidência da República

*Fotos e informações: http://www.dilma13.com.br/



4 comentários:

Meu nome é Mulher disse...

Chegaremos lá Dilma!

Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra disse...

Por que votar em mulheres?
Cynthia Semíramis

Em 2007, assisti a um debate interessantíssimo durante o 1º Seminário Internacional Política e Feminismo organizado pelo Nepem-UFMG. Três mineiras foram convidadas a contar sua experiência na área política, e uma especialista em seguida alinhavou a fala delas com as teorias sobre gênero e representação política.

Não tenho acesso agora às minhas anotações do evento, mas lembro bem que estavam na mesa mulheres de esquerda, direita e centro. A de direita havia entrado para a política depois de criar os filhos, e se tornou prefeita de sua cidade. A de centro estava no primeiro mandato como vereadora. A de esquerda militava há mais tempo, tinha experiência como ex-prefeita e deputada (não lembro mais se federal ou estadual).

Com as diferenças de experiência política, idade e ideologia, era de se esperar que os discursos delas fossem completamente diferentes. O que surpreendeu foi ver que os relatos eram muito parecidos.

Todas falaram das dificuldades, da oposição da família, do descrédito e falta de apoio inclusive do próprio partido, do preconceito, da necessidade de dar atenção aos filhos enquanto trabalhavam, e até da quebra de protocolo em diversas ocasiões. Um exemplo foi o de encontros de prefeitos para discutir políticas em conjunto: nessas situações há uma equipe para recepcionar as primeiras-damas e levá-las para conhecer a região e fazer compras; mas o que fazer quando a mulher é a prefeita e quem está ali para o programa turismo-shopping é o marido dela, que não está minimamente interessado no tour?

Ficou claro que, por mais que existam diferenças ideológicas, a situação das mulheres na política é semelhante, e há mais pontos em comum do que divergentes.

No entanto, muitas pessoas acreditam que não é necessário termos mulheres na política, como se os homens fossem suficientes para resolver problemas relacionados às mulheres.

Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra disse...

Trata-se de um engano: enquanto os homens dominaram a política, as mulheres foram colocadas como subalternas e legalmente submetidas ao poder masculino (sem direito a voto, sem capacidade civil, sem poder gerir suas vidas e seus bens). Até começarem a se rebelar, com os movimentos socialistas e sufragistas, as mulheres não podiam ter participação política.

Ainda hoje nós, mulheres, temos representação ínfima e pouco poder político para resolver questões que atingem mais mulheres do que homens (ou vocês acham que, para ficar em um exemplo apenas, os homens, com sua tradição de negação da paternidade, conseguem dar valor a creches em regiões vulneráveis ou distribuição regular de contraceptivos?)

É por isso que, quando me perguntam por que deveríamos votar em mulheres, eu digo que é pra corrigir uma desigualdade. Somos mais de 50% da população, mas em cargos eletivos nossa média é inferior a 10%.

Mais participação política feminina significa mais problemas que atingem as mulheres sendo discutidos, com perspectivas de solução efetiva. E incentiva mais mulheres a se candidatarem, e melhorarem a condição de vida das demais mulheres. Não há como, mudando a vida de 50% da população, não melhorar a sociedade.
http://sexismonapolitica.wordpress.com/