O vice "ficha suja" e seu lado abissal

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"Projeção é uma reação discursiva de um sujeito-sujeitado sobre outro em forma de sua patologia. Ou seja, o sujeito-sujeitado projeta no outro seus conflitos ocultos (inconscientes) ou manifestos (conscientes). Mas sempre como resíduos psicopatológicos. Resíduos também conhecidos como fragmentos imaginários parentais.

Essa a semiótica que apanha o candidato da direita, vice de Serra, conhecido como Índio da Costa, que não tem nada da dignidade ética do Índio, e por isso existe de costas para a democracia. A semiótica psicanalítica mostra o vice de Serra em uma reação de projeção de sua imobilidade sórdida lançada contra o que ela imagina do que seja a candidata do povo brasileiro, Dilma Roussef, ao mesmo tempo que projeta no Partido dos Trabalhadores, o partido do qual ela é candidata, resíduos de sua psicopatologia retalhada.

O vice, em entrevista ao Portal Mobiliza PSDB – portal da direita obscurantista, lúpem-burguesia – afirmou “que todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvidas disso”. E que Dilma é ateia, e que “para uma ateia deve ser duro ter uma adversário que caiu do céu”.

A sordidez psicopatológica do vice de Serra pode ser desfeita na ordem do real através de dois discursos. Um jurídico, em que ele tem que apresentar provas de que o Partido dos Trabalhadores é ligado às Farc e ao narcotráfico, outro teológico-terreno, quando afirma que Serra caiu do céu.

Como toda projeção é irracional, portanto compulsiva, o vice não percebeu que ajudou a enterrar a candidatura de seu patrono, Serra, visto que o Brasil não precisa politicamente de candidato celestial. Já que se Serra caiu do céu, ele teve nascimento, infância, adolescência, mocidade em um topos cuja realidade universal é abstração. Logo, Serra é uma abstração. O que a maioria do povo brasileiro já sabe, e não precisava que o vice, de costa para democracia, viesse lembrá-lo.

Daí que aprisionado em sua psicopatologia, o vice, de costa para a democracia, com sua projeção de sujeito-sujeitado, não atinge o alvo por ele imaginado como realidade que tivesse existência no exterior. Síntese: o vice de Serra projeta no exterior seu conflito perverso interior. E de projeção em projeção vai fragmentando mais ainda a candidatura de Serra".
Fonte: Afinsophia

O que está fora, está dentro.

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