terça-feira, 3 de agosto de 2010

Por um lado a tristeza. Por outro o nhem-nhem-nhem...

A tristeza


O espaço no leque político que sobrou para o PSDEMB

Da coluna Panorama político de O Globo, por Ilimar Franco, extraído do blog do Alê.
O perfil da rede de mobilização do PSDB no Facebook recomenda a visita à página do Movimento Endireita Brasil, que defende “uma nova direita no cenário político brasileiro: liberal, ética e democrática”. O MEB questiona: “Por falar em Collor, há equívocos que se perpetuam na História: será que a geração cara-pintada foi espontânea?”. Um dos comentários exibidos na página do MEB diz: “Chega de terrorismo de esquerda, chega de Dilmas plastificadas e de Lulas autistas! Que saudade dos coronéis Ustra e Ubiratan. Morte ao comunismo e aos que o defendem! Viva a direita! Volta CCC (Comando de Caça aos Comunistas)!”.

Muitos dizem por aí que o José Serra (PSDB) não é um candidato de direita, mas seria o candidato da direita órfã de um líder consistente desde a redemocratização. A leitura dessa nota no Ilimar Franco, não nos deixa muitas dúvidas. Pela história do Serra, desde sua participação na resistência ao golpe militar, sua presidência da UNE, passando pelo exílio no Chile, etc, não posso imaginar que ele tenha dado uma virada tão grande em sua biografia. Talvez ele nem tenha se dado conta de como o seu partido foi invadido, essa é a melhor palavra, por setores da sociedade que têm como única razão combater movimentos sociais, partidos e ideais de esquerda.

Não é a toa que grande guru virtual dos partidários de sua candidatura seja nada mais nada menos que o jornalista/blogueiro da Veja, Reinaldo Azevedo, um verdadeiro troglodita de direita. Eles nem gostam do Serra, por suas ideias e convicções, apenas o aturam com seus aroubos de 'esquerdismo macroeconômico'. Eles estariam ao lado de qualquer candidato que pudesse colocar em risco a supremacia de Lula e do PT nessas eleições. Foi assim com Geraldo Alckimin em 2006, com Serra em 2010 e sabe-se lá com quem em 2014.

Mesmo possivelmente envergonhado, Serra resolveu cumprir esse papel a risca. Seu discurso se transformou num contraponto ao chamado 'petismo' e a um já nascente 'dilmismo', já que a Lula ele não ousa enfrentar. Para separar Lula do PT e da candidata Dilma Rousseff, vale tudo. Vale até dizer o que seus militantes virtuais, radicais barulhentos de direita, querem ouvir e disseminar pelas redes sociais. Uma pena. Lula ocupou o espaço que o PSDB sonhou com Mário Covas, Ciro Gomes, Almino Alfonso, Bresser Pereira e o próprio Serra, mas sua militância de centro-esquerda não empolga e por isso a mudança de rumo. A campanha está mais a cara do DEM, por isso a brincadeira no título com o 'PSDEMB'; está a cara de Jorge Bornhausen, César Maia, Heráclito Fortes, Agripino Maia etc.

Sem saída pela centro-esquerda, Serra mira seu discurso na militância udenisma e corre sério risco de sair menor dessas eleições.

Fonte: Blog do Alê



O nhem-nhem-nhem















3 comentários:

Veridiana disse...
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Veridiana disse...

FESTA LITERÁRIA DE PARATY SE COMPROMETE, CONVIDANDO FERNADO HENRIQUE, QUE É VAIADO



A Festa Literária de Paraty, para os íntimos Flip, se comprometeu ao convidar Fernando Henrique para sua abertura em ano político, segundo opiniões e protestos realizados por um número de participantes que se sentiram indignados pela Flip ter fugido de seu propósito com tal atitude.

Fernando Henrique, cujo desgoverno que durou oito anos de imensa tortura para o povo brasileiro foi convidado pelos produtores da Feira para falar sobre a obra do sociólogo nordestino Gilberto Freyre. Como ele já afirmou várias vezes que tem vaidade de sua inteligência, se sentiu profundamente excitado para realizar tal convite narcísico. Só que ele não esperava que em um seleto evento literário pessoas presentes fossem lembrar de seus desmandos como presidente do Brasil, e protestarem contra sua presença na Festa que, com ele, caiu na tristeza, e ao mesmo tempo protestaram contra os realizadores que tiveram a petulância de convidá-lo, visto ser ele uma figura mais conhecida no Brasil por ter sido um funesto presidente do país, o que fez com sua presença fosse tomada como uma propaganda política a favor do candidato de seu partido, PSDB.

O certo é que o vaidoso da inteligência sem reforma intelectiva política, como diz o filósofo Spinoza, teve que antes, durante e depois de uma hora e meia de devaneios sobre alguns trechos da obra de Gilberto Freyre – que não merecia tamanho acinte – ver e ouvir protestos sonoros e gráficos em enunciados como “A Flip não é palco para político. Fora FHC!”, “Político Não!” “Amo a Flip, mas sem partido!” “FHC, NÃO!” “Viva Saramago!”.

O sambista Felipe Guaraná, morador de Paraty, diante do inconveniente criado pelos promotores da Festa que entristeceu em convidar Fernando Henrique, desabafou: “É uma vergonha Fernando Henrique abrir a Flip em ano eleitoral.” Felipe também protestou contra a escolha do nome de Gilberto Freyre como tema de abertura em razão da postura dele na década de 60 em que ele era um dos defensores da ditadura. Para Felipe, o escritor certo para ser homenageado deveria ser Jorge Amado. “Jorge Amado é camarada”, considerou, veemente, Felipe.

Seguindo o curso dos protestos, uma senhora, ao ouvir um homem falar que se Fernando Henrique fosse o candidato à Presidência ele teria seu voto – o vaidoso deve ter tido um contração coronária de ostentação -, disse zombeteira: “Teria o voto de todos os professores!”

Por sua vez, Idalécia Freire, funcionária pública, e uma das protestantes contra a presença de Fernando Henrique na Flip, afirmou: “Ele podia vir em qualquer ano, menos neste. Ele é porta-voz de um partido político. A simples presença dele já é uma opção política da Flip.”

De certa forma, a ironia popular foi além da vaidade. Fernando Henrique que fora para lembrar da obra de Gilberto Freyre, deixou o evento mais convicto do que nunca de que ele que não fora esquecido pelo povo.
Afinsophia

Ainda FHC e Paraty disse...

O Farol de Alexandria foi a Paraty falar sobre Gilberto Freyre.

Debateu-se entre ser Freyre “pesquisador” ou “ensaísta”.

Freyre era os dois.

E mais.

Escrevia como um poeta.

O Farol não é pesquisador, nem ensaísta e escreve mal.

O interessante é que, segundo a colonista (*) Mônica Bergamo, da Folha (**), na Ilustrada, FHC ficou na companhia do grande amigo Jovelino Mineiro.

Mineiro é um pecuarista de grande porte e, aparentemente, foi quem livrou FHC do incômodo de ser presidente da República e professor e possuir uma monumental fazenda de gado em Minas.

FHC ficou hospedado na modesta casa de um dos filhos de Roberto Marinho.

É um caso de “democracia patrimonial”, diria o Mestre de Apipucos.

Paulo Henrique Amorim