sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Não foi debate e sim exposição de tendências



O "debate" foi morno e Dilma adquiriu certa desenvoltura, emoção e empatia só no final, como podemos perceber no vídeo acima.



Há muito tempo no Brasil não existe debate entre candidatos aos cargos eletivos promovidos pelos meios de comunicações. O que há é uma exposição de tendências em que, dependendo do candidato, podem ser tomadas pelo público como verdadeiras ou não, necessárias socialmente ou não. Mas mesmo assim Dilma comparou Lula e FHC; mostrou que é a sucessora do Lula e sabe do que fala e não é apenas Lula, mas Dilma também.

O realce ficou para Plínio ao cunhar duas expressões que talvez tenham vindo para ficar: hipocondríaco para Serra que só sabe falar sobre saúde e, ecocapitalista para Marina que defende o meio ambiente até onde não afete o capitalismo.



Independente de ser debate ou não, Dilma tem que deixar cada vez mais claro que Serra é FHC e FHC é Serra. Espelhão um do outro!

4 comentários:

Catarina de Aragão disse...

Plínio denunciou o jogo de cartas marcadas que são os debates, onde a supressão do confronto ideológico é evidenciada pela não participação de outros partidos, como o PSTU, que tem vida própria pré e pós eleições, diferentemente da maioria dos nanicos que não passam de partidos laranjas.

Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Maria,viajante do Universo de passagem pelo planeta Terra disse...

Debates e programas de TV são importantes, certamente. Mas não parece que as próximas eleições serão decididas por nenhuma estratégia de marketing. O povo brasileiro vai julgar não apenas os últimos oito anos. Julgará os últimos dezesseis e lançará uma aposta para os próximos oito.


Serra errou muitas vezes até aqui em sua campanha. Errou novamente ao anunciar, antecipadamente, sua vitória “acachapante” nos debates da TV. Ao confiar tanto em sua performance e experiência em eleições, Serra abriu espaço para a frustração de seus correligionários diante do resultado do debate.


Não foi o debate propriamente o que definiu a derrota de Serra ontem. Foi a orientação estratégica de sua campanha, que criou tanta expectativa em torno de sua suposta “superioridade” nos debates. Se Serra e o PSDB foram ineptos em São Paulo, como serão eficazes a nível nacional? Para destruir o discurso de Serra basta demonstrar o caos paulista em diversas áreas. Sempre que ele disser que vai fazer e acontecer tem que puxar um exemplo de São Paulo e mostrar que é só discurso vazio. Em diversas oportunidades ela poderia ter falado da negligência com as enchentes, com as obras públicas, com o transporte, com os professores, com a segurança… Pedágios então, sequer ouvi a palavra, pelo que me lembro. E sabemos que este tema é um dos calcanhares de Aquiles de Serra não pelos pedágios em sí, que para o eleitor desavisado pode soar apenas como um detalhe em meio a tantas políticas públicas, mas do significado que os pedágios tem no sentido de demonstrar as verdadeiras intenções e prioridades do PSDB

Catarina de Aragão disse...

Quando o pessoal do Serra se der conta que “nada” aconteceu nesse debate, provavelmente teremos mudança de estratégia para os próximos, com o aumento na agressividade. Pode ser a pá de cal na candidatura dele e garantir o mínimo que falta para Dilma vencer no primeiro turno, e isso sem nem contar com a presença do presidente Lula nos programas gratuitos de radio e TV para informar àqueles que ainda não sabem quem é a candidatura apoiada pelo maior e mais popular presidente da história do nosso país.