Pelo menos, no formato, mas ágil e solto, o debate, desta noite de domingo, na Rede Record, não se resumiu à promessas repetitivas e temas surrados sendo, obrigatoriamente, abordados.
Com cada candidato podendo perguntar livremente para quem quisesse, tornou o programa mais digerível e, em momentos, bastante interessante.
Quem quis divertir-se prestou mais atenção nas intervenções do bom velhinho, Plínio, do PSOL. Usou a tática de sempre, de que tudo e todos estão errados, e pregou um Brasil socialista.
Mas, parece que seu pedido não está sendo aceito pela sociedade brasileira, pois este é o quarto debate do qual participa e as pesquisas não lhe conferem pontinho algum.
Marina, bem articulada, mesmo rotulada de ecocapitalista por Plinio, em nenhum momento, perdeu a classe e muito menos fez o jogo de nenhum dos dois melhores colocados, Serra e Dilma.
Manteve-se sempre focada e teve uma frase, no final, que deixou Serra e Plinio encabulados, ao afirmar que o Brasil merece que duas mulheres vão para o segundo turno.
Serra, contraditório, não conseguiu o destaque que precisava e, encurralado por uma pergunta da jornalista, de por que esconde o FHC de sua campanha, tergiversou e não respondeu.
Mais adiante, falou que Lula prosseguiu as coisas boas do governo FHC (plano real, lei de responsabilidade fiscal…). Se FHC fez tudo que ele citou, é um paradoxo o ex-presidente estar escondido da campanha tucana.
Dilma, a primeira colocada nas pesquisas, tinha mais a perder, mas soube sair de situações delicadas, com firmeza e mostrou que não tem vergonha do governo Lula, mesmo com a pancadaria da grande imprensa contra a sua candidatura.
Um argumento forte da petista é que nunca foram presos, pela Polícia Federal, tantos corruptos, como nos últimos anos, no Brasil
E sua ficha limpa, em 25 anos de vida pública, também, inibiu possíveis iniciativas de mais torpedos.
Conclusão: se qualquer um dos candidatos imagina subir ou derrubar outros, depois deste debate, pode tirar o cavalo da chuva.
Tudo vai continuar como está: dentro da margem de erro.
A última esperança para evitar a vitória de Dilma, no primeiro turno, é o debate na Globo.
Acho muito pouco para tamanha diferença.
Aguardemos.
0 comentários:
Postar um comentário