ANA FLOR
DE SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP)
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, esmoreceu o clima de "oba-oba" quanto à possibilidade de vencer as eleições no primeiro turno.
Antes de iniciar carreata, ao lado de Lula, em São Bernardo do Campo (SP), ela foi questionada se estaria programando a festa para uma eventual vitória já neste domingo. Rechaçou a ideia na hora.
"Ninguém está preparando festa nenhuma. Temos muito respeito pelo processo eleitoral", disse a presidenciável, que cravou 52% dos votos válidos no último Datafolha --essa fatia do eleitorado lhe garante o Planalto sem necessidade de segundo turno, de raspão.
A menos de 24 horas das eleições, Dilma foi instada, em coletiva de imprensa antes do ato político, a fazer uma avaliação da campanha. Elegeu "as mentiras sorrateiras que saíram do baixo mundo da política" como o pior momento da corrida presidencial.
Foram referências aos escândalos que se voltaram contra sua candidatura: a quebra do sigilo fiscal de pessoas próximas ao adversário José Serra (PSDB) e a queda de Erenice Guerra, seu ex-braço direito em Brasília, da Casa Civil.
Dilma também passou panos quentes nas críticas de que o PT, com ajuda do presidente Lula, teria tentado constranger a liberdade de imprensa nas últimas semanas.
A petista disse que críticas são bem-vindas e que também é "normal que a gente responda e também faça críticas".
Lula levou sua candidata à sucessora para carreata em São Bernardo do Campo. O ponto de partida será o simbólico Sindicato dos Metalúrgicos do ABC --onde o presidente fortaleceu sua musculatura política como líder sindical, nos anos 70 e 80. Os dois desfilam em carro aberto para público de milhares.
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