Na coletiva de imprensa de ontem Marina Silva não conseguiu esconder o sorriso vingativo de sua vitória/derrota.
Marina a ex que jogou contra.
As "ex",são sempre muito perigosas e traioçoeiras, lembrem-se da ex do Lula em 1989, e da ex do Pita e de outras ex do PT que se transformaram em verdadeiras metralhadoras giratórias.
As mulheres são realmente muito especiais e enigmáticas.
É preciso decifrá-las,como o enigma, ou elas poderão fazer um grande estrago.
O blog do Chico Barreira captou muito bem essa mensagem com o texto abaixo reproduzido.
Derrota dos institutos de pesquisa e amargas vitórias para Dilma Roussseff e Marina Silva
Creio ter dito neste blog, mais de uma vez, que Marina Silva iria desmoralizar os institutos de pesquisa que, por malícia ou incompetência, não captaram seu avanço extraordinário nas últimas semanas e principalmente nos últimos dias. Pois desmoralizados eles estão, não porque erram feio em relação a Marina, mas porque erram em praticamente tudo.
Nenhum instituto deu menos de 50% dos fotos válidos para Dilma ou mais de 17% para Marina. Todos erraram, portanto, muito além da margem de erro. E todos nós analistas que dispúnhamos dos números das pesquisas como único material de trabalho, evidentemente também erramos.
O prato frio de Marina
Sobre Dilma Rousseff e sua vitória com sabor de derrota vou falar logo mais adiante. Primeiro quero comentar outra vitória, a de Martina Silva. Vitória que carrega os travos amargos da vingança e da traição, dois pratos frios e indigestos. A vingança foi perfeita, porque incidiu exatamente sobre aquela que provocou sua saída do Governo Lula e do PT que ela fundou ao de Chico Mendes.
A traição, Marina cometeu contra ela mesma a ex-guerreira ecológica da selva que tanto quanto Chico sabia não há salvação ecológica para a Amazônia, nem para o Planeta, nos marcos do modo de produção e consumo capitalistas.
Agora, a candidata da Natura, ao lado de seu vice de dois bilhões de dólares, imagina dispor de um grande capital político e não faltarão analistas para dizer que ela é, no momento, a terceira maior força política do País. Entretanto, ela não é nada disso. Tudo o que há é um discurso falsificado na última hora para ficar ao gosto de uma classe média que tinha vergonha de votar em Serra. Classe média esta que egoísta, utilitária e prática a descartará assim que ela se tornar inútil ou inconveniente.
Da antiga Marina não sobrou nem o discurso ecológico, porque o atual pode ser defendido por qualquer um, até pela Míriam Leitão. O esvaziamento final virá já agora no segundo turno quando, mesmo que ela, Marina, declare hipocritamente sua neutralidade, seu partido é, um balcão de negócios administrado por Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis que o venderão, se já não o venderam, a Serra.
A difícil tarefa de Dilma Rousseff.
Para quem partiu, ha poucos meses, do marco zero, pode-se dizer que Dilma Rousseff é uma vitoriosa. Mas sua vitória, na reta de chegada, transformou-se em frustração, porque nem ela, nem ninguém do PT imaginava que haveria este segudo turno. Segundo turno que será uma pauleira que se explica com estes números: a diferença de Dilma para Serra é de pouco mais de 12 milhões de votos e Marina obteve cerca de 18 milhões de votos. Como evitar que a maior parte dos eleitores da candidata verde migrem para o tucano?
No mais, Dilma cometeu poucos erros. Entretanto, um foi fatal: o de não ter imprimido sua própria marca na campanha, logo ela que é acusada de autoritária.
No início era natural que fosse apresentada ao grande público que a desconhecia, como “a candidata do Lula” Mas em algum momento, ela teria que se mostrar como ela mesma e com seu próprio projeto. Não lhe faltam biografia e competência para isso. Que ela não persista no erro nesta campanha completamente nova que se inicia.
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Creio ter dito neste blog, mais de uma vez, que Marina Silva iria desmoralizar os institutos de pesquisa que, por malícia ou incompetência, não captaram seu avanço extraordinário nas últimas semanas e principalmente nos últimos dias. Pois desmoralizados eles estão, não porque erram feio em relação a Marina, mas porque erram em praticamente tudo.
Nenhum instituto deu menos de 50% dos fotos válidos para Dilma ou mais de 17% para Marina. Todos erraram, portanto, muito além da margem de erro. E todos nós analistas que dispúnhamos dos números das pesquisas como único material de trabalho, evidentemente também erramos.
O prato frio de Marina
Sobre Dilma Rousseff e sua vitória com sabor de derrota vou falar logo mais adiante. Primeiro quero comentar outra vitória, a de Martina Silva. Vitória que carrega os travos amargos da vingança e da traição, dois pratos frios e indigestos. A vingança foi perfeita, porque incidiu exatamente sobre aquela que provocou sua saída do Governo Lula e do PT que ela fundou ao de Chico Mendes.
A traição, Marina cometeu contra ela mesma a ex-guerreira ecológica da selva que tanto quanto Chico sabia não há salvação ecológica para a Amazônia, nem para o Planeta, nos marcos do modo de produção e consumo capitalistas.
Agora, a candidata da Natura, ao lado de seu vice de dois bilhões de dólares, imagina dispor de um grande capital político e não faltarão analistas para dizer que ela é, no momento, a terceira maior força política do País. Entretanto, ela não é nada disso. Tudo o que há é um discurso falsificado na última hora para ficar ao gosto de uma classe média que tinha vergonha de votar em Serra. Classe média esta que egoísta, utilitária e prática a descartará assim que ela se tornar inútil ou inconveniente.
Da antiga Marina não sobrou nem o discurso ecológico, porque o atual pode ser defendido por qualquer um, até pela Míriam Leitão. O esvaziamento final virá já agora no segundo turno quando, mesmo que ela, Marina, declare hipocritamente sua neutralidade, seu partido é, um balcão de negócios administrado por Fernando Gabeira e Alfredo Sirkis que o venderão, se já não o venderam, a Serra.
A difícil tarefa de Dilma Rousseff.
Para quem partiu, ha poucos meses, do marco zero, pode-se dizer que Dilma Rousseff é uma vitoriosa. Mas sua vitória, na reta de chegada, transformou-se em frustração, porque nem ela, nem ninguém do PT imaginava que haveria este segudo turno. Segundo turno que será uma pauleira que se explica com estes números: a diferença de Dilma para Serra é de pouco mais de 12 milhões de votos e Marina obteve cerca de 18 milhões de votos. Como evitar que a maior parte dos eleitores da candidata verde migrem para o tucano?
No mais, Dilma cometeu poucos erros. Entretanto, um foi fatal: o de não ter imprimido sua própria marca na campanha, logo ela que é acusada de autoritária.
No início era natural que fosse apresentada ao grande público que a desconhecia, como “a candidata do Lula” Mas em algum momento, ela teria que se mostrar como ela mesma e com seu próprio projeto. Não lhe faltam biografia e competência para isso. Que ela não persista no erro nesta campanha completamente nova que se inicia.
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