O professor Adilson de Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), prefere responder o que o Brasil perderia se o Estado brasileiro abdicasse de controlar o ritmo e a estratégia de exploração dessa riqueza. O risco existe e foi sinalizado recentemente pelo coordenador do programa de energia de José Serra: Zylberstajn quer afastar a participação estatal no comércio do petróleo brasileiro. “Não se trata apenas de uma posição ideológica; há interesses em jogo que gostariam de diminuir o peso da Petrobras; se possível, até quebrar a empresa”, analisa.
Saul Leblon
Se o Brasil hoje é visto como o filé mignon do mundo em termos de crescimento econômico, o filé mignon do Brasil é o pré-sal. Por seu valor específico como principal reserva de petróleo descoberta no planeta no crepúsculo da oferta mundial, mas, sobretudo, pelos efeitos multiplicadores no conjunto da indústria nacional, trata-se “da maior oportunidade que o país já teve em toda a sua história de promover um salto qualitativo nas condições de vida do seu povo”.
A avaliação é do economista Adilson de Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialista em economia do desenvolvimento, com doutorado em Grenoble e pós-doutorado em Sussex, Oliveira tem posições serenas que vivem em harmonia com o tom pausado de sua fala. Sem nunca alterar a voz ele é taxativo, porém, num aspecto. O encadeamento virtuoso possibilitado pela riqueza do pré-sal requer um lacre de segurança que garanta a permanência desses recursos no metabolismo da economia brasileira.
O nome dessa blindagem, diz o professor da UFRJ, é Petrobras. Leia na íntegra clicando aqui
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