quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Desafios da subrepresentação feminina


Os desafios da subrepresentação feminina para a próxima presidenta
Os resultados das eleições revelaram o tamanho do descaso. Houve um aumento substancial nas candidaturas femininas para os cargos proporcionais que, no entanto, não foi acompanhado de uma elevação no número de cadeiras conquistadas por mulheres na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Estaduais.

Em 2006, o percentual de mulheres que concorreram a deputadas federais foi de 12,6%, no atual pleito 19,2%. Um incremento de 56% no número de candidaturas femininas, mas que, devido ao desprezo dos partidos políticos pelas candidaturas femininas, resultou em retrocesso. Foram eleitas 45 deputadas, mesmo número alcançado na última eleição. Para o cargo de deputada/o estadual/distrital o aumento de candidaturas femininas em relação a 2006 foi de 59,2%. No entanto, foram eleitas apenas 10,5% a mais de mulheres.

Dos 27 partidos que disputaram essa eleição, 22 conseguiram representação na Câmara Federal. Destes, 8 partidos não elegeram nenhuma mulher. O partido com a maior proporção de mulheres é o PCdoB, com 6 deputadas das/os 15 eleitas/os. Em termos absolutos, o PT foi o partido que elegeu mais mulheres, contudo as 9 deputadas frente aos 80 deputados eleitos perfazem apenas 10% da bancada petista. Avaliando os estados, proporcionalmente o Espírito Santo apresentou o melhor resultado, 4 das/os seus 10 deputadas/os são mulheres. Já os maiores colégios eleitorais exibiram pífios resultados. Embora São Paulo tenha elegido o maior número absoluto de mulheres, elas representam apenas 8,6% das/os 70 deputadas/os paulistas. As deputadas cariocas e mineiras são apenas 8,7% e 1,9% das suas bancadas estaduais respectivamente. Em três estados nenhuma mulher foi eleita. Entre eles está Mato Grosso do Sul, contraditoriamente, o único estado com mais de 30% de candidaturas femininas, além de Mato Grosso e Sergipe.
Fonte: CFEMEA

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