quarta-feira, 2 de março de 2011

Feministas, femininas, Presidentas e omeletes.


Feministas, femininas, Presidentas e omeletes.


O movimento feminista tem conseguido algumas conquistas pelo mundo afora.

Não tanto quanto gostaríamos, pois ainda há desigualdades históricas entre homens e mulheres a serem superadas. Desigualdades salariais, desigualdades sociais e culturais.

As salariais devem ser enfrentadas pelos trabalhadores organizados e por políticas que garantam a isonomia entre trabalhadoras e trabalhadores desempenhando a mesma função.

As sociais devem ser enfrentadas por políticas públicas que protejam as mulheres em situação de risco, com leis e ações afirmativas como, por exemplo, a titularidade do imóvel do Programa Minha Casa, Minha Vida e o pagamento do Bolsa Família diretamente para as mulheres.

As culturais são mais complicadas, pois não basta uma lei ou decreto para impedir, que um espancador agrida sua mulher ou para que uma mulher espancada se cale diante da violência doméstica.

A lei Maria da Penha veio para garantir que o espancador seja punido e devemos comemorá-la e divulgá-la para todas as mulheres de todas as idades e de todas as classes sociais. Se ainda há juízes, delegados e policiais que acham “natural” que uma mulher seja espancada ou psicologicamente violentada por maridos, pais, patrões, etc., também temos mulheres que sofrem caladas todo tipo de violência, por medo, insegurança ou por ter introjetado em sua consciência que “é assim mesmo”, que tem “aguentar calada” todo tipo de violência ou que “ruim com ele, pior sem ele”.

Essa consciência de “mulher mártir” de “Amélia” está arraigada na alma de muitos e muitas, fruto de uma sociedade patriarcal e machista. Estas “crenças” e costumes culturais é o mais difícil de ser mudado, daí a importância de campanhas institucionais, de movimentos sociais que exijam e defendam direitos iguais para homens e mulheres e da bendita educação. Mudar hábitos é muito mais trabalhoso que mudar leis.

A luta pela emancipação das mulheres teve sua explosão, mas não o seu início, nos amos 60 com a “queima de sutiãs” pelas americanas em praça pública, como um grito simbólico de libertação feminina.

Porém não é o objetivo deste singelo texto historiar o movimento feminista e muito menos polemizar com nenhum grupo feminista sobre o tema. O que quero ressaltar é a importância de gestos simbólicos, como a queima de sutiãs em praça pública nos anos 60.

Qual é o simbolismo que, a meu ver, a Presidenta da República passou participando do programa da Ana Maria Braga?

Interessante notar que a participação se deu no início de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher.

O programa Mais Você é dirigido a um público bem específico: donas de casa que estão às voltas com o planejamento do almoço da família e encontram no programa sugestões de receitas para o almoço. Outras mulheres, com perfis diferentes também assistem ao programa, basta marcar uma consulta no médico ou dentista que, na sala de espera dos consultórios está todo mundo com os olhos fixos na tela da Globo, assistindo a esse programa.

A participação da Presidenta Dilma no programa foi um gesto simbólico que passou a seguinte mensagem:


Quando a mulher assume alguma posição de autoridade, ela é vista como estando um pouco fora de seu papel. Mas isso era até agora. Daqui pra frente as meninas podem querer ser presidentas e vai ser visto como uma coisa normal. Quando você quebra um paradigma a primeira reação é de estranheza, depois as pessoas acostumam”...Dilma Rousseff

Nesta terça, 1º de março, Ana Maria Braga recebeu a ilustre presença de Dilma Rousseff no Mais Você. Em homenagem ao mês da mulher, a presidenta falou sobre sua rotina de trabalho nos primeiros meses de seu governo, a relação com a família, o convívio com o ex-presidente Lula e a paixão por obras de arte. “Sempre gostei de MPB, cinema, de sentar num barzinho e conversar com as pessoas”, contou a mineira que está quebrando um paradigma social para as mulheres. “Quando a mulher assume alguma posição de autoridade, ela é vista como estando um pouco fora de seu papel. Mas isso era até agora. Daqui pra frente as meninas podem querer ser presidentas e vai ser visto como uma coisa normal. Quando você quebra um paradigma a primeira reação é de estranheza, depois as pessoas acostumam”, disse.

Presidenta é como ela prefere nomear o seu cargo de maior autoridade política do país. O motivo? Enfatizar o fato de ser a primeira mulher a ser presidente do Brasil. “Não estou cometendo nenhuma barbaridade querendo ser presidenta do ponto de visto gramatical”, brincou. “Quero enfatizar o a, o signo do feminino. E não é errado. Acho que a primeira mulher tem a obrigação de ser presidenta”, explicou. “Cheguei a presidenta porque uma porção de mulheres saíram de suas casas e foram estudar, trabalhar. Viraram enfermeiras, professoras, apresentadoras de televisão, engenheiras, médicas, vereadoras, empregadas domésticos. Começaram a construir o Brasil de forma anônima. Mas cada vez mais, passaram a construir o país de forma muito clara e explícita. Devo isso as mulheres brasileiras... de ser presidenta”, agradeceu.


O simbolismo da participação da Presidenta Dilma no programa “Mais Você” está nos trechos destacados acima e passa para nós mulheres a seguinte mensagem:

Mulheres podem ser o que quiserem: médicas, engenheiras, professoras, apresentadoras de televisão, bombeiras, policiais, agricultoras, garis, jornalistas, presidentas da República, senadoras, donas de casa, mães, esposas, amantes, etc., sem deixar de ser feministas ou se envergonhar de ser femininas ou gostar de fazer omeletes.

Façamos a nossa parte, por que a Presidenta está fazendo a dela!




2 comentários:

Minerva disse...

Serra abandona gravação do programa de Hebe CamargoCompartilhe: Twitter Os políticos lotaram a plateia de Hebe Camargo na gravação de seu primeiro programa na Rede TV!. A estrela da noite, claro, foi a presidenta Dilma Rousseff.

Em todos os blocos, Hebe referiu-se a Dilma, que falou muito de sua rotina no Palácio da Alvorada (por meio de video, em entrevista pré-gravada).

Numas principais mesas de jantar (a plateia para 500 convidados foi montada ao estilo do prêmio americano Globo de Ouro) estava o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com dona Lu, e o ex-governador José Serra, com dona Mônica, e em outra mesa, um pouco mais ao lado, o ex-ministro José Dirceu.

Hebe:

- Olha ali o Zé Dirceu, que bom que você veio. E o Serra está bem ali ao lado dele.

Não era. Era outro careca.

Quando Hebe citou Dilma pela enéssima vez, Serra levantou-se e foi embora. Eram pouco mais de 21h30 e ainda faltava quase uma hora de gravação.

O programa vai ao ar dia 15. No video, Serra vê, mais uma vez, Dilma no telão
Veja o vídeo impagável
http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2011/03/02/serra-abandona-gravacao-do-primeiro-programa-de-hebe-camargo/

Tainá disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Hebe erra a careca

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