quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Governo do Estado do Rio de Janeiro está vendendo uma propriedade do povo.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro está vendendo mais uma propriedade do povo. 

Moro vizinha do Caio Martins, há muitos anos o estádio era "alugado" pelo Botafogo, o restante do complexo era utilizado para programas sociais para a população carente de Niterói.

Depois que o Governador Sérgio Cabral assumiu vimos todos os projetos serem desmantelados e a "fofoca"que o Botafogo teria colocado na justiça, não me recordo por quais motivos e ou "pendengas". Não vimos mais as longas filas na porta para inscrição da população nos projetos sociais. Nos diziam que estava interditado pela justiça.


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Fotos copiadas Aqui


Bem, fomos surpreendidos, com ao anúncio da venda do Complexo para iniciativa privada. 


Não foi à toa  o desmonte do patrimônio público, a população de baixa renda sem oportunidades para a prática de esporte em um local digno e aparelhado. Tinha o seu propósito.

E como acontecia no (des)governo FHC, após o desmonte, o sucateamente vem a PRIVATIZAÇÃO, no caso pior ainda, pois os empresários colocarão o Complexo Caio Martins no chão.

Um pouco da história desse patrimônio público.


O Complexo Caio Martins

O estádio Caio Martins, do complexo esportivo de mesmo nome, localizado no Município de Niterói, RJ, foi inaugurado em 20 de julho de 1941. Foi construído porque o então governador do estado, Ernani do Amaral Peixoto, desejava jogos do Campeonato Carioca em Niterói. Na primeira partida, o CR Vasco da Gama venceu por 3 a 1 o Canto do Rio FC.

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O complexo já foi palco de dois campeonatos mundiais de basquete (um feminino e um masculino); de uma das Sub-Sedes da Copa do Mundo de Futebol de 1950; de uma Chave do Campeonato Mundial de Voleibol e do Sul Americano de Natação, além de inúmeras disputas nacionais de atletismo, vôlei, basquete e ginástica. Também sempre foi um dos mais importantes Centros de Iniciação Desportiva para as crianças e adolescentes, com aulas de natação, judô, basquete, futebol, vôlei, ginástica estética e olímpica e jazz.


Quando se cogitou a construção do Estádio, pretendeu-se escolher um local mais ou menos central e de fácil acesso para os anseios de transportes da época, tendo sido escolhido uma área do bairro de Icaraí, de aproximadamente 47.8200 m2, onde funcionava um Canódromo.

O 1º módulo construído foi o Campo de Futebol, para 1.200 espectadores; em seqüência a Piscina Olímpica e outra infantil e, finalmente o Ginásio Olímpico polivalente, com capacidade para 4.500 pessoas, sendo 3.855 assentos comuns, 592 cadeiras especiais e 73 lugares na Tribuna de Honra. Na época era o maior do Brasil, tendo abrigado em sua inauguração o Campeonato Mundial de Basquete, já na década de 50.

Desde 2006 o ginásio leva o nome do grande campeão mundial de basquete, Fernando Brobró, do Flamengo, nascido em Niterói e falecido naquele ano. Já o parque aquático foi denominado Paluka, para homenagear o nadador niteroiense que foi recordista sul-americano e conquistou o terceiro lugar nas Olimpíadas, falecido em 2005. O complexo conta ainda com alojamento capaz de abrigar confortavelmente 96 atletas, além de 17 salas de federações e ONGs sócio-esportivas.


No início dos anos 2000, o nome do estádio foi renomeado, sob determinação da câmara de vereadores da cidade de Niterói, para Estádio Mestre Ziza. Contudo, a mudança não foi de agrado dos botafoguenses já que o niteroiense homenageado Zizinho era jogador do rival CR Flamengo na primeira metade do século XX. A imprensa e os torcedores continuam chamando o estádio de Caio Martins.



Estamos divulgando o abaixo-assinado 


Em defesa do Caio Martins

Nós, abaixo-assinado, expressamos nosso total repúdio à ideia de venda do Complexo Esportivo Caio Martins para a iniciativa privada. Pela proposta do governo do Estado, o comprador poderá demolir as instalações e usar o terreno para construir prédios: terá apenas que fazer equipamentos esportivos para a comunidade (Informe do Dia, jornal O Dia 16/04/2011).

O Caio Martins faz parte da história de Niterói. A cidade não precisa de mais um conjunto de prédios ali naquele local. A especulação imobiliária não pode vencer a história de um povo. 

O Caio Martins é do povo de Niterói. NÃO ao seu desaparecimento. 


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1 comentários:

Anônimo disse...

Vejo ser um patrimônio a sociedade, porém se o governo atual decidiu por mudar o destino do local, de fato é porque será para algo melhor.