sexta-feira, 13 de maio de 2011

Justiça argentina autoriza registro de bebê por um casal de lésbicas

Justiça argentina autoriza registro de bebê por um casal de lésbicas

Uma juíza argentina autorizou um casal de duas mulheres a registrar como filho de ambas um bebê que uma delas deu à luz após a doação de óvulos de sua parceira, confirmou nesta sexta-feira (13/05) à Agência Efe uma entidade de proteção aos homossexuais do país. 


Na primeira decisão deste tipo na Argentina, a magistrada de Buenos Aires, Elena Liberatori autorizou María del Pilar Cabrera e a Marisa Esther Pascal a registrarem o bebê com os sobrenomes das duas, detalhou o presidente da Federação Argentina de Gays, Lésbicas e Transsexuais, Esteban Paulón. 

A decisão, emitida no mês passado, mas só conhecida agora, reconhece pela primeira vez a maternidade a um casal homossexual solteiro, da mesma forma que qualquer casal heterossexual da Argentina, o primeiro país latino-americano a habilitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, explicou Paulón.


O parlamento argentino aprovou em julho do ano passado o casamento homossexual e a adoção de crianças por parte de casais do mesmo sexo depois de um duro debate que refletiu as divisões existentes na sociedade sobre o tema. 

Wikimedia Commons 
 
Manifestantes se concentram em frente ao Congresso argentino em apoio à aprovação do casamento homossexual em 2010. 

"O sobrenome (de só uma das mulheres) não corresponde com a verdadeira identidade da criança, apesar de ser filho biológico das duas mães, o que significa um grave prejuízo aos direitos fundamentais do ser humano, a identidade e a autonomia pessoal", indicou a juíza em sua decisão. 

O bebê nasceu em março depois de um tratamento de "fertilização in vitro". As duas mulheres são enfermeiras de hospitais da capital argentina. 

Maria Esther Pascal ficou grávida após ir a um banco de sêmen e María del Pilar doar os óvulos. 


Deu no OperaMundi

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