A revitalização do centro de São Paulo, os moradores da rua e os urubus.
Tem gente que se acha diferente, e não quer ver gente. Tem gente que pensa que gente diferente não é gente. É melhor varrer para bem longe, talvez na porta de outro. A invisibilidade social é uma estratégia política para a desigualdade social. Mas não adianta evitar, não adianta se esconder. A gente diferente está aí, e convivemos com elas. Somos todos detentores do direito humano de existir com dignidade, e do direito à convivência social solidária. É sobre isso que fala Anderson Lopes Miranda, ativista dos povos da rua que, acompanhado do Defensor Público Carlos Weiss, falam sobre as políticas do governo Federal e da prática da Prefeitura de São Paulo, dentre elas falam da revitalização do centro de São Paulo e dos "urubus".
"A Prefeitura de São Paulo para revitalizar o centro da cidade criou o triângulo, que é São Francisco, Sé e São Bento que catadores de lixo não podem mais circular por ali.
A Prefeitura proibiu a circulação dos catadores e entregou para os "Urubus", as empresas de coletas. Catador mesmo organizado, mesmo em cooperativas não podem mais passar por esse triângulo.
Quem são os "Urubus"? São os caminhões de empresas terceirizadas, que compram o lixo da Prefeitura.
"Urubus" é a máfia do lixo, são o caminhões que vão escondidos e ele dão uma propina . Eles podem entrar a hora que quiserem, mas se os catadores entram os guardas municipais tomam os carrinhos , pegam os documentos em cima dos caminhões da URB, são levados para os lixões e jogados.
Há uma ação higienista, segundo o ativista Anderson Lopes Miranda, jogar água na cidade, produtos na cidade é maravilhoso, mas jogar água em cima do povo da rua, tomar as coisas dos catadores isso é crime.
É isso que vem acontecendo. De madrugada eles vão jogar água nos moradores de rua, tomam as carroças dos catadores..."
JUSTIÇA E DEMOCRACIA: MORADORES DE RUA, com Anderson Lopes
Miranda e Carlos Weiss
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