segunda-feira, 13 de junho de 2011

Carta ao homofóbico.

Carta ao homofóbico


Querido homofóbico,

De mim você não merece nada além do que desprezo – o mais puro e sincero – no entanto hoje resolvi te escrever porque tenho pena de você, deve ser tão triste ser alguém tão pequeno, tão inútil e tão desvirtuoso que eu não sei como e nem por que você ainda sobrevive. Fobia é, segundo o meu queridíssimo Aurélio, medo mórbido. Vamos combinar que homossexuais existem em todos os lugares, como você ainda respira? Ultimamente você anda em completa evidência, é verdade, sempre me disseram que o ridículo também chama a atenção. Eu teria vergonha de ser quem você é, me desculpe se isso te ofende, mas não tenho nada de mais agradável para te dizer.
Será que você, caro homofóbico, se importa em dizer a mim como ainda tem coragem de sair todos os dias às ruas vestido dessa armadura de ignorância e munido desses argumentos que já não convencem mais? Nem ao menos sei por que digo ‘mais’, eles nunca me convenceram. Vai me dizer que Deus fez o homem para amar a mulher e vice-versa, não é? Querido, poupe sua saliva nojenta, esse seu veneno maldito! Se você se acha tão digno e expert na palavra dele, qual é o segundo mandamento? Justamente: Amar o próximo como a ti mesmo. Um homossexual pode não estar cumprindo a palavra, mas deixe de tanta prepotência e pseudo-superioridade e admita: você o faz da mesma forma, senão pior.
Guarde a sua falta de amor pra você. Poupe-me da sua deselegância, falta de educação e de consciência, além é claro da sua santa arrogância – ok, eu sei que ela é grande, que você tem de sobra, mas pode guardar só pra você. Se você é tão contra o casamento, a união estável, a felicidade entre pessoas do mesmo sexo, é tão simples, case-se com alguém do sexo oposto. Ou simplesmente não se case, o que em minha opinião é melhor, porque quem será que consegue aguentar você? Talvez você vá mesmo para o céu, só Deus com sua extrema bondade pode aceitar alguém como você, porque meu filho, até o capeta vai querer distância de pessoas ridículas assim, quando você chegar lá terá uma plaquinha na porta: ‘Boate gay: fechada pra balanço’ só pra te espantar, pra você sair correndo ou morrer (após a morte) de urticária.

Sei também que nada o que eu diga será bom o bastante para te livrar da sua escrotisse, talvez você esteja mesmo fadado a viver nesse mundo medíocre que você cria pra si próprio a cada dia que levanta. Talvez você seja tão inútil que mereça mesmo uma sociedade onde opção sexual seja mais importante que caráter, aliás, você sabe o que é isso? Imagine se por – apenas um dia – você passasse por àquilo que você e o seu preconceitozinho barato os submete diariamente, imagine se um dia você está numa festa com a pessoa que você ama e de repente, o simples ato de você beijá-la na boca fosse motivo pra você ser convidado a se retirar do recinto, quando não ser motivo de você ser espancado até a morte na próxima esquina. E se você acha isso completamente normal, quer saber o que eu penso sobre você? Você não merece ser chamado de ser humano, porque você não sabe o que é ser humano, você não é humano, você não é racional e você não tem coração. Falta-lhe não apenas amor próprio como todo e qualquer outra forma de amor, o que te torna um ser desumano e digno de pena. 


No Pequena para que vê, gigante pra quem ama!

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