Roberto Stuckert Filho/Presidência 02.06.2011
A costureira Marise Alves Prazeres Rodrigues foi pega de surpresa no começo dessa semana ao receber um convite para ir à Brasília a pedido da presidente Dilma Rousseff. Ela foi uma das palestrantes, nesta quinta-feira (2), da cerimônia de lançamento do novo programa de assistência social do governo, o Brasil Sem Miséria.
Marise foi encontrada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ainda na época em que Dilma Rousseff era candidata à Presidência. Na ocasião, a petista visitava a Cooperativa de Costura Osasco, cidade onde a Marise vive, na região metropolitana de São Paulo.
Sua história chama a atenção porque, antes de tomar à frente da cooperativa, em 2006, Marise recebia o Bolsa Família. Hoje, orgulhosa, diz que não precisa mais do auxílio porque “passou para outra fase”. Ela é incisiva, porém, ao declarar que “sem o Bolsa Família, não estaria aqui”.
Durante a cerimônia, a ex-dona de casa e mãe de quatro filhos roubou a cena ao dizer que falava com Dilma “de presidente para presidente”. Ela conseguiu arrancar sorrisos de toda plateia, formada majoritariamente por caciques políticos.
Leia a íntegra da entrevista:
R7 – A senhora recebeu o auxílio do Bolsa Família e hoje preside uma cooperativa de costura. Como foi isso?
Marise - Recebi o cartão em 2003 e, a partir daí, comecei a conhecer os projetos que tinha em Osasco. Nós participamos da oficina escola que confecciona uniformes e começamos a construir juntos a cooperativa de costura, onde sou presidente há três anos.
R7 – Hoje a senhora não precisa mais do benefício?
Marise - Agora eu já passei para outra fase, né? O Bolsa Familia abriu os leques e eu já estou em outra fase para o crescimento. O Bolsa Família não te dá essa oportunidade de você crescer? Pois é, eu já cresci e já não preciso mais dele.
R7 – Qual a importância do Bolsa Família na sua vida?
Marise - Sem o Bolsa Família eu não estaria aqui, com certeza. Esses programas dão outros caminhos, vão te mostrando que há outras portas para você entrar. Você recebe o benefício, mas eles também te incentivam a buscar outras coisas.
R7 - É verdade o que dizem, que as pessoas beneficiadas não querem trabalhar?
Marise - Claro que não. Eles te dão cursos, te dão formação. Só se você não quiser, mas que tem oportunidade tem! Através disso a gente vai crescendo. Eu conheço grupos de Osasco que recebiam Bolsa Família que são formalizados e podem concorrer no mercado de trabalho e participar de licitações como qualquer outra empresa.
R7 – E como está a vida da senhora agora? O que mudou?
Marise - Passar de dona de casa para empreendedora é bem complicado, você tem que estar se preparando o tempo todo. Estou fazendo inglês, cursando administração. Não é graduação, é curso técnico, mas vale, né? Para a gente ter conhecimento a gente precisa se preparar para isso. Você tem que crescer junto, senão fica para trás, tem que procurar onde tem as coisas que a gente precisa.
R7 – A senhora conheceu a presidente Dilma no ano passado. Como foi o encontro?
Marise - Eu disse a ela: nós falamos de presidente para presidente. Eu já sabia que ela ia ganhar. A visita dela nos ajudou muito porque o reconhecimento é uma forma de a cooperativa expandir, de as pessoas conhecerem.
R7 – Já teve oportunidade de conversar em particular com a presidente?
Marise - Ainda não, mas gostaria muito de ter.
R7 – O que a senhora diria para essas mais de 15 milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família?
Marise - Aproveitem as oportunidades que estão aparecendo porque depois que passarem você não consegue mais. Cada oportunidade vai trazendo outra oportunidade.
R7 – A senhora recebeu o auxílio do Bolsa Família e hoje preside uma cooperativa de costura. Como foi isso?
Marise - Recebi o cartão em 2003 e, a partir daí, comecei a conhecer os projetos que tinha em Osasco. Nós participamos da oficina escola que confecciona uniformes e começamos a construir juntos a cooperativa de costura, onde sou presidente há três anos.
R7 – Hoje a senhora não precisa mais do benefício?
Marise - Agora eu já passei para outra fase, né? O Bolsa Familia abriu os leques e eu já estou em outra fase para o crescimento. O Bolsa Família não te dá essa oportunidade de você crescer? Pois é, eu já cresci e já não preciso mais dele.
R7 – Qual a importância do Bolsa Família na sua vida?
Marise - Sem o Bolsa Família eu não estaria aqui, com certeza. Esses programas dão outros caminhos, vão te mostrando que há outras portas para você entrar. Você recebe o benefício, mas eles também te incentivam a buscar outras coisas.
R7 - É verdade o que dizem, que as pessoas beneficiadas não querem trabalhar?
Marise - Claro que não. Eles te dão cursos, te dão formação. Só se você não quiser, mas que tem oportunidade tem! Através disso a gente vai crescendo. Eu conheço grupos de Osasco que recebiam Bolsa Família que são formalizados e podem concorrer no mercado de trabalho e participar de licitações como qualquer outra empresa.
R7 – E como está a vida da senhora agora? O que mudou?
Marise - Passar de dona de casa para empreendedora é bem complicado, você tem que estar se preparando o tempo todo. Estou fazendo inglês, cursando administração. Não é graduação, é curso técnico, mas vale, né? Para a gente ter conhecimento a gente precisa se preparar para isso. Você tem que crescer junto, senão fica para trás, tem que procurar onde tem as coisas que a gente precisa.
R7 – A senhora conheceu a presidente Dilma no ano passado. Como foi o encontro?
Marise - Eu disse a ela: nós falamos de presidente para presidente. Eu já sabia que ela ia ganhar. A visita dela nos ajudou muito porque o reconhecimento é uma forma de a cooperativa expandir, de as pessoas conhecerem.
R7 – Já teve oportunidade de conversar em particular com a presidente?
Marise - Ainda não, mas gostaria muito de ter.
R7 – O que a senhora diria para essas mais de 15 milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família?
Marise - Aproveitem as oportunidades que estão aparecendo porque depois que passarem você não consegue mais. Cada oportunidade vai trazendo outra oportunidade.
No R7
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