sexta-feira, 15 de julho de 2011

Diante da quebra iminente, EUA param para avaliar teto de endividamento



Diante da quebra iminente, EUA param para avaliar teto de endividamento



Obama
Obama concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira
O presidente norte-americano, BarackObama, suspendeu as negociações orçamentárias nesta sexta-feira, para dar aos parlamentares uma chance de chegar a um acordo para um “plano de ação” sobre como evitar um default.Obama, que prometeu reunir-se diariamente com os parlamentares até que um acordo sobre a elevação do teto da dívida seja alcançado, deu aos democratas e republicanos até sábado de manhã para reconsiderarem suas posições nas negociações. As negociações sobre a dívida devem ser retomadas no fim de semana.
– É um momento de decisão. Precisamos de planos concretos para caminhar com isso – disse Obama no quinto dia de negociações na quinta-feira, segundo um democrata.
Obama recebeu, na noite passada, mais um alerta sobre a dívida, emitido após Moody’s ameaçar rebaixar a nota de risco dos EUA. Foi a vez da agência de classificação de risco Standard & Poor’s colocar a nota de crédito dos Estados Unidos em revisão com possibilidade de rebaixamento. Isso significa que os norte-americanos podem perder a nota máxima de credibilidade e desceram para um patamar menor, pela primeira vez na história do país, diante do risco aumentou.
A desconfiança em relação à capacidade de pagamento dos norte-americanos acontece no momento em que o país atingiu o teto do seu endividamento – de US$ 14,29 trilhões, que é de 100% do PIB. Por lei, o país não pode se individar além deste nível. O problema é que no próximo dia 2 há o vencimento de dívidas e os norte-americanos não têm dinheiro para pagar. O presidente Obama pressiona o Congresso para aprovar um limite maior.
O impasse está na diferença de projetos. Obama propõe um pacote que prevê redução de despesas e crescimento das receitas no total de US$ 4 trilhões em dez anos. Já a oposição – Partido Republicano – contrapõe com cortes de US$ 2,4 trilhões, sem aumento de impostos. Para ter dinheiro no dia 2 de agosto, quando vencem as próximas dívidas do país, um acordo precisa ser fechado até o dia 22 de julho.
Acordo difícil
Altas horas da noite passada, as negociações sobre o déficit dos EUA terminaram sem uma solução entre os líderes políticos. A Casa Branca informou que o presidente Barack Obama, que continua pressionando pelo maior acordo possível para o Orçamento, pretende falar à nação nas próximas horas. Os líderes envolvidos nas negociações, que foram realizadas durante cinco dias seguidos na Casa Branca, concordaram com a breve pausa nas reuniões, proposta por Obama, e se encontrar com outros membros dos partidos para discutir o que acontecerá doravante.
Durante as conversas, Obama disse que um grande acordo permanece como sua preferência, segundo um representante da Casa Branca. No entanto, o porta-voz da Câmara descartou um acordo de US$ 4 trilhões porque ele envolveria aumento nas receitas fiscais.
Plano B
Obama reiterou que não vai assinar uma solução de curto prazo para o problema, segundo o representante da Casa Branca. O presidente também disse que um acordo com cerca de US$ 2 trilhões em cortes também é possível se os dois lados cederem um pouco. Outra opção seria fazer uma mudança pequena no déficit e ao mesmo tempo aumentar o limite da dívida.
O misto de opções ainda sobre a mesa e o prazo de tempo curto estão colocando mais foco no em um plano de “última hora”.


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