Ditadura saudita decapita trabalhadora da Indonésia
O governo da Indonésia decidiu suspender a imigração de mulheres para trabalhar na Arábia Saudita. A decisão foi motivada pela condenação à morte de uma trabalhadora doméstica decapitada no sábado (20) acusada de assassinato. O porta-voz do ministério dos Recursos Humanos da Indonésia, Faisol Reza, anunciou a medida na quinta feira passada (23) afirmando que o governo indonésio não foi avisado da sentença antes da execução e que manterá a decisão até que o governo saudita faça um acordo com o governo indonésio para garantir proteção às mulheres indonésias, a maioria empregadas domésticas em Riad, de acordo com a agência de notícias Xinhua.
“Mais de um milhão de indonésios trabalham na Arábia Saudita, dos quais, 65% não têm mínimos direitos pois trabalham na informalidade”, disse o representante do governo da Indonésia.
A Arábia saudita é uma das “ditaduras amigas” dos EUA onde os trabalhadores têm salários aviltados e onde as mulheres sofrem mais com a desigualdade e a discriminação. A monarquia saudita usa como método de repressão a amputação de partes do corpo como cortar as mãos, os dedos, a orelha, os pés. Torturas e assassinatos nos porões do regime têm sido cada vez mais contestados pela maioria da população, além da fome, da miséria e dos baixos salários. As manifestações públicas são praticamente proibidas, pois severamente reprimidas.
No poder há 42 anos, o clã da família Saudi tem sido poupado pelos monopólios de mídia e pelos aliados EUA, França e Inglaterra. A Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, até faz de conta que defende que a Arábia Saudita respeite os direitos humanos e reduza a discriminação às mulheres flexibilizando a proibição de que elas dirijam seus próprios carros. Mas nada diz sobre as pesadas e desumanas penas de morte por apedrejamento, decapitação ou à chicotadas a que a “ditadura real” saudita submete, com base na lei do país, isto é, a vontade do rei, a todas as mulheres, inclusive estrangeiras.
Era o caso do país receber sanções da ONU por violação flagrante dos direitos humanos de homens, mulheres e crianças no país e do monarca sanguinário saudita ser julgado e condenado por crimes contra a humanidade pelo tribunal penal Internacional. O mesmo tribunal que os EUA e seus aliados usam para criminalizar falsamente seus desafetos e difundir mentiras contra os que defendem a soberania de seus países, como querem agora fazer com Kadafi.
ROSANITA CAMPOS no Hora do Povo
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