segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pai e filho são confundidos com casal gay e agredidos por grupo

Frase da Alessandra Nane, @lessinha_nane, no twitter que define tudo: "Enquanto a homofobia não for crime, coisas assim continuarão acontecendo. Com as bençãos de discursos fundamentalistas"



Pai e filho são confundidos com casal gay e agredidos por grupo

Abraço pode ter motivado violência; uma das vítimas teve parte da orelha decepada

Um homem de 42 anos teve metade da orelha decepada após ser agredido por um grupo de jovens na madrugada de sexta-feira (15), no recinto da Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (EAPIC), em São João da Boa Vista. Os agressores pensaram que ele e o filho fossem um casal gay, pois estavam abraçados.
O homem, que preferiu não se identificar, ainda está traumatizado. Ele contou que depois de um show um grupo de sete jovens se aproximou e perguntou se os dois eram gays.
Ele disse que explicou que eles eram pai e filho e, mesmo assim, houve um princípio de tumulto. Os rapazes foram embora, voltaram cinco minutos depois e começaram a agredir os dois. Um deles teria mordido a orelha do pai, decepando parte dela. “Na hora que eu acordei as pessoas diziam que eu estava sem a orelha”, explicou.
Ambos foram levados para a santa casa, onde foram atendidos e liberados. O filho teve apenas ferimentos leves.
O delegado do 1º Distrito da Polícia Civil de São João Boa Vista, Fernando Zucarelli, disse que foi aberto um inquérito e que já está tentando identificar os possíveis autores. A homofobia, que é a aversão a homosexuais, ainda não consta como crime no código penal brasileiro, mas, além da agressão, os jovens também podem responder por discriminação.
A organização da EAPIC informou que havia 150 seguranças, além da Polícia Militar, durante toda a festa e que vai colaborar com a polícia para a identificação dos agressores.

No EPTV

1 comentários:

Luciana disse...

Estamos voltando à barbárie... tudo com a bênção das infernais santas madres igrejas católica e evangélica e com o apoio do nosso maldito congresso nacional. É difícil acreditar que há saída...