terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma completa radiografia das mulheres no Brasil

Uma completa radiografia das mulheres no Brasil

Foto: Secretaria de Políticas para Mulheres

Já está disponível para o público a mais completa compilação de dados estatísticos e informações disponíveis sobre a situação da mulher brasileira, sua presença no mercado de trabalho, no poder, em relação à saúde e sobre a violência de que ela, infelizmente, ainda é vítima em nosso país.

O trabalho está no Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, levantamento coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

O levantamento foi feito exatamente para servir de fonte, orientar e subsidiar os governos federal, estaduais e municipais na aplicação de políticas públicas relacionadas a este que é o mais numeroso segmento da nossa população, com mais de 50% dos 190.732.694 de brasileiros, conforme o censo de 2010 do IBGE.

Os dados que mais chamam a atenção na pesquisa

No estudo, os dados que mais chamam a atenção estão relacionados à presença - ou à ausência - da mulher no poder, à violência de que é vítima e às condições vividas por ela no mundo do trabalho. Vejam, as mulheres compõem 51,3% da população brasileira, mas apenas 21,4% ocupam cargos de chefia nas empresas. Isso a despeito de, em segmentos importantes, serem a maioria dos empregados. Já somam 51,7% dos trabalhadores em áreas administrativas, 61,6%, em relações públicas, e 72,2 %, na área de recursos humanos.

Em 2001, apenas 10 sindicatos no Brasil eram presididos por mulheres. Dos 16.421.386 de trabalhadores sindicalizados, em 2009, elas constituíam bem menos que a metade: 6.552.160, o que corresponde a apenas 39,9% destes trabalhadores.

Na faixa dos 20 aos 39 anos da população economicamente ativa, as mulheres já são maioria. Compõem 51% do segmento, concentrando-se de sobremaneira nos setores de comércio e de reparação, 16,8%; Educação, Saúde e Serviços sociais, 16,7%; e 17% em serviços domésticos. E o que já se sabia, foi confirmado pelas estatísticas: elas ainda são o maior contingente entre trabalhadores não remunerados no país.

Disparidades ainda maiores em relaçao às mulheres negras

O levantamento SPM-DIEESE revela que essa disparidade é ainda maior quando os dados comparativos levam em conta as mulheres negras. Entre os trabalhadores com carteira assinada, as mulheres são apenas 41,1% - e entre as deste percentual, apenas 56% das mulheres negras têm registro, contra 70% de não-negras registradas.

As mulheres negras recebem, em média, apenas 1/3 do salário de homens de outras raças, enquanto que as mulheres não-negras recebem 2/3 do que eles recebem (leiam, também, o post abaixo).
Fonte: Blog do Zé Dirceu

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