quarta-feira, 10 de agosto de 2011

FHC reconhece: não estou gagá TOTALMENTE. Cá entre nós, eu acho que seria melhor para o Lula e para todos nós que ele não voltasse”

FHC reconhece: não estou gagá TOTALMENTE. Cá entre nós, eu acho que seria melhor para o Lula e para todos nós que ele não voltasse”



FHC garante que não quer voltar à presidência. (Foto: Rui Mendes)
Aos 80 anos de idade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu declarações sobre liberdade, religião, política, filhos e drogas à revista Alfa (editora Abril) do mês de agosto. Uma delas foi sobre o também ex-presidente Lula, com quem ele acredita participar de um jogo de provocações. “Acho que ele (Lula), nesta altura, pensa em voltar. Não sei se daqui a dois ou três anos ele vai ter o mesmo pensamento. Vai depender da Dilma. Cá entre nós, eu acho que seria melhor para o Lula e para todos nós que ele não voltasse”, confessa.

FHC afirmou ser tolerante e não se preocupar com o julgamentos dos outros. “Hoje, não estou preocupado se vão achar isso ou aquilo. Não me comporto como chefe de partido, porque isso eu não sou e tenho uma relação de tolerância com quem pensa diferente de mim. Veja você agora: celebrei o meu aniversário e estavam todos os partidos lá”, diz.

Duas vezes presidente do Brasil, ele insistiu que não quer voltar ao Palácio do Planalto. A idade e o regime político do país seriam alguns dos empecilhos. “Estou completamente fora da política eleitoral. Veja bem: a próxima eleição presidencial é em outubro de 2014, quando eu terei 84 anos. Você acha que é possível alguém com 84 anos querer ser presidente do Brasil? Estou bem de saúde, tenho energia e não estou gagá totalmente. Mas, ser Presidente da República é outra coisa. A tensão é muito grande. Não acho que seja sensato uma pessoa de 80 anos querer ser presidente”, afirma. “Se fosse na Europa, em um regime parlamentarista, talvez. Aqui no Brasil, você é chefe de vários partidos, chefe do executivo, chefe de Estado – é uma vida muito pesada. Não dá”, completa.

Família e religião
Fernando Henrique também falou sobre o filho Tomás (em junho, a revista Veja noticiou que dois testes de DNA revelaram que Tomás Dutra Schmidt, filho da jornalista Miriam Dutra não era seu filho). “Eu nunca falei sobre Tomás e, se agora fizeram o exame de DNA mostrando que ele não é meu filho, também não vou falar. Vou preservá-lo totalmente. No afeto e nos recursos. Totalmente. É um assunto fora de discussão. E eu gosto muito dele. Isso é que é importante”, diz.

Sobre religião, o ex-presidente declarou que o importante é ter respeito. “Você não tem de perguntar se eu acredito, você tem de perguntar se eu respeito. Acreditar é de foro íntimo. Agora, seria muita soberba dizer que eu não acredito – porque tem o mistério. De onde viemos, qual o sentido da vida? Não sei. Se alguém acha que o sentido da vida é Deus, é Deus. Ser absolutamente materialista é tão equivocado como ser fundamentalista religioso”, afirma.

Drogas
Fernando Henrique garantiu que nunca usou drogas e que uma falsa acusação o fez perder as eleições para prefeito. “Fui chamado de maconheiro pelo Jânio Quadros. Nunca tive uma experiência pessoal com as drogas. Dei uma entrevista para a jornalista Miriam Leitão e disse que senti cheiro de maconha nos Estados Unidos com uns primos meus e não gostei. O Jânio usou a informação na eleição e isso teve um efeito bastante devastador: perdi a prefeitura”, fala.


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