Margarida Telles
![jackie](http://edgblogs.s3.amazonaws.com/mulher7por7/files/2011/09/jackie.jpg)
A primeira pessoa a perguntar para Jack se ele não se identificava como um menino foi a sua irmã mais velha, Sagan. “Você quer ser uma menina?”, disse para o irmão. Ele respondeu “sim”. Quando Jackie tinha três anos, sua mãe começou a pesquisar na internet sobre transexuais. Na pré-escola, a vida de Jack já estava complicada, com as crianças o chamando de gay – o que é diferente de não se identificar com o próprio gênero.
Com 10 anos de idade, Jack virou para a mãe e disse emocionado “eu sou uma menina e não consigo mais viver assim”. A mãe lhe garantiu “vai ficar tudo bem”. A partir daquele momento,a família decidiu aceitar que Jack era uma menina no corpo de um menino. No começo, deixavam ele se vestir com roupas de garota em casa. Depois, veio a decisão mais difícil. Deixaram-no ser uma menina. Abandonaram o pronome “ele”, passaram a chamá-lo apenas por Jackie e se alguém pergunta para os pais quantos filhos eles têm, respondem “temos duas meninas”.
Nem todos reagiram tão bem à decisão. O avô de Jackie duvida que uma criança de dez anos tenha maturidade para fazer uma escolha tão importante. E novas escolhas virão. Com a chegada da puberdade, precisarão decidir se Jackie tomará hormônios para barrar o desenvolvimento de seu corpo de menino.
Fiquei impressionada com a história, e com a capacidade dos pais de aceitar um filho (ou filha) único. Embora as escolhas que envolvam a sexualidade e gênero sejam cada vez mais respeitadas, lidar com as consequências destas escolhas ainda é desafiador. Confira abaixo o vídeo sobre a história de Jackie (em inglês).
E você, concorda com a decisão da família de Jackie?
Na Época
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