domingo, 25 de setembro de 2011

VEJA cada vez mais CEGA - Texto público em resposta ao colunista Augusto Nunes

VEJA cada vez mais CEGA - Texto público em resposta ao colunista Augusto Nunes


do Marcello di Paola no O Dado Concreto

Resposta ao texto do Augusto Nunes, aqui




Que a mídia no Brasil é um oligopólio concentrado nas mãos de algumas famílias das classes dominantes eu já sabia.

Que a mídia mente, falseia , inventa e reproduz ideologias burguesas, eu também sabia. Mas o que não imaginava mesmo é que, eu, um simples blogueiro e professor de escola pública, me converteria em assunto na falta deste, a um colunista da revista VEJA. Avisado por uma amiga acessei um link que me jogou no blog do Augusto Nunes. A manchete de imediato chamou me  a atenção, porém, na medida em que avançava na leitura, fui surpreendido ao me ver noticiado como sujeito principal do texto. Fui qualificado pelo "jornalista" como orador representante dos "20 gatos pingados, que nem estudante é, e que, se não mentiu, é professor". O que se segue é uma série de reproduções de minhas falas com objetivo claro de me achincalhar e me associar a uma persona non grata desta publicação, o "cumpanheiro". O grande equívoco desse colunista, no entanto, foi reproduzir da forma mais imbecil possível a ideologia da revista que o emprega. Fiel ao estilo do patrão, veicula informações desconexas num texto de gosto duvidoso, que faz a alegria de leitores incautos, desprovidos de senso crítico e manipulados, conforme se vê nos comentários deixados em seu blog.

Agora vamos ao dado concreto

Eu fui atraído ao vão do MASP naquela tarde de sábado, 17 de Setembro, por meio de uma publicidade no Facebook. Meu objetivo era gravar o evento para usá-lo como ferramenta didática em apoio às minhas aulas, pois o assunto no bimestre, coincidentemente era a mídia. Essa prática inclusive, de utilização das novas tecnologias, consta nos parâmetros curriculares do ensino médio da Secretaria da Educação. Assim, me dirigi ao local com esse único intuito. Ao me situar, por meio dos "meia dúzia de gatos pingados que lá estavam", segundo o colunista, dos objetivos do movimento, me simpatizei de pronto com a causa e passei a narrar aos meus alunos em forma de vídeo aula. Ou seja, eu não tinha nada a ver com o movimento. Fui cumprir meu papel de professor de sociologia e encontrei voluntários segurando faixas que simplesmente  se identificaram com a causa que os arregimentou. Não tinha nada a ver com milicianos da CUT ou do PT como o colunista induz a pensar em seu texto tendencioso e desprovido de qualquer ética jornalística, como é comum a essa publicação.  O que me causa ainda mais repulsa é a maneira deselegante, irônica e desrespeitosa com que este colunista dirige se aos poucos que ousam solidarizar se comigo nos comentários perdidos em meio aos aplausos da insensatez.

Não obstante a tudo isso, tenho mais é que agradecer ao Augusto Nunes por ter dado tanta visibilidade ao meu vídeo. Na tentativa de desmoralizar um movimento legítimo,  O MSM - Movimento dos sem Mídia, ele alçou este movimento ao reconhecimento dos que lhe ignoravam, por absoluta falta da informação que a a mídia deveria prover.Quanto a este simples professor que vos escreve, tal episódio só serviu para mostrar-me que estou no caminho certo ao politizar meus alunos e preveni-los contra essa mídia golpista.

Aos quase 2500 membros da Juventude Politizada do Brasil, comunidade do Orkut,  formada por alunos da rede pública de ensino, meu grande abraço e a certeza de que vocês estão reescrevendo a estória da educação nesse país. Ao "jornalista", meu agradecimento e à VEJA, meu desprezo.

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