Câncer de Lula: Cantanhede pede “decência”. O cinismo da Folha não tem limites
Por Ana Helena Tavares
Na certeza de que Lula superará mais esse desafio em sua vida, o QTMD? está sinceramente tentando fugir de falar sobre o seu câncer. Explorar a doença de quem quer que seja não é a especialidade da casa. A mídia gosta, porque vende. Todos sabemos que a sociedade “compra” a doença alheia. O QTMD? não gosta nada de “vendê-la”, mas há coisas que não se pode deixar passar.
Eliane Cantanhede resolveu hoje escrever, em sua coluna na Folha, um artigo denominado “Parem com isso!“, a respeito da reação de ódio gerada pelo câncer de Lula. Cantanhede pondera que o “exército lulista” está querendo “santificá-lo”. Ok, é preciso reconhecer que há exageros neste sentido. Como ela bem diz em seu texto, “Lula não é santo nem demônio”. Mas ela se mostra mesmo incomodada é com a reação vinda do que ela chama de “milícias anti-lulistas”, que, segundo ela, estão demonstrando falta de “decência, humanidade e civilidade”. E diz ainda que a maioria das mensagens odiosas que leu é “lixo”.
O QTMD? havia reproduzido textos semelhantes ao dela, nos quais outros dois articulistas da Folha também se lamentam das cobras que eles próprios criaram. Mas Eliane Cantanhede é demais. Não foi ela que, em 2010, notabilizou a expressão “massa cheirosa”, referindo-se aos eleitores do PSDB e alimentando, assim, o ódio entre as “diferentes” massas? Não seria mais digno se, em vez de lamentar cinicamente, ela desse o exemplo e tivesse a decência de reconhecer que a imprensa tem sua parcela de culpa nessa podridão?
O jornalista Kennedy Alencar fez esse mea-culpa durante comentário na rádio CBN. Cantanhede tem muito a aprender com o nobre colega. Abaixo, o vídeo em que ela fala, toda serelepe, sobre a “massa cheirosa”
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