Ele afirma ter dito “funicar”, palavra que não consta nos quatro principais dicionários brasileiros de língua portuguesa nem em dicionários de gíria consultados pela reportagem. Segundo o pastor Silas Malafaia, a palavra é uma gíria comum no Rio de Janeiro e significa “ferrar”, “arrebentar”.
Leia abaixo íntegra da resposta do pastor Silas Malafaia.
Sempre tive o maior respeito e consideração pela lisura das reportagens da revista Época, tanto é que, em agosto deste ano, dei uma entrevista ao jornalista Elizeu Junior que rendeu três páginas na publicação, com o título: Governante vai ter de dizer em que acredita. O repórter colocou minhas respostas na íntegra e respeitou inclusive o meu estilo de falar, como por exemplo: “Nego só botava coisa ruim sobre os evangélicos”. Neste contexto, a palavra nego é uma gíria. Outro exemplo: “é o mais famoso dos gays, e não tem voto, não tem porcaria nenhuma”. A palavra porcaria, nesse trecho da reportagem, também pode ser considerada uma gíria. A matéria recebeu vários elogios, e foi uma das mais comentadas no site da revista Época.
No último dia 10 de outubro, concedi novamente entrevista a essa publicação semanal. Desta vez, ao jornalista Humberto Maia. Entretanto, fiquei chocado e terrivelmente indignado com a deturpação de uma gíria que usei na minha fala. Mencionei que eu ia “funicar” Tony Reis pelo mau-caratismo ao manipular um vídeo, retirando 40 segundos de uma mensagem minha de 17 minutos e colocando minha fala fora do contexto. E esse mesmo vídeo foi usado por ele para me denunciar ao Ministério Público Federal, a fim de acusar-me de homofóbico e retirar o meu programa de TV do ar.
A maneira que tenho de me defender, porque sou cidadão brasileiro e tenho meus direitos, é entrar com uma ação na justiça e incriminá-lo acerca desta baixaria. Foi com esse sentido que usei a palavra “FUNICAR”, uma gíria que significa “ferrar”, “arrebentar”. Já “FORNICAR” é uma palavra definida no dicionário como relação sexual extraconjugal, palavra esta repetidas vezes usada no Novo Testamento. Se eu como heterossexual não fornico com outra mulher porque é pecado, imagine, com um homossexual. Seria a maior piada de mau gosto do ano. O jornalista, ao tentar justificar-se, coloca a gravação da minha entrevista como nota de redação na reportagem publicada, onde todos podem constatar que não utilizo a palavra fornicar, mas sim, funicar.
Ao conversar com o jornalista que fez a matéria, lembrei a ele que, quando não se conhece uma palavra, a imprensa tem a obrigação de colocar entre aspas, mesmo que a palavra seja errada ou não exista, e que, em hipótese alguma, pode colocar algo que o entrevistado não falou. O repórter apresentou suas desculpas e me pediu para que eu escrevesse a minha defesa. Muitos não concordam com o meu jeito de falar porque uso gírias, o que é um direito deles discordarem de mim, assim como também tenho o direito de usar as gírias, porque é a maneira pela qual eu me expresso para as pessoas me entenderem. Utilizo este critério até quando eu estou ministrando as minhas pregações.
Espero que a revista Época continue a ser fiel ao que o entrevistado fala, mesmo quando são mencionadas palavras erradas ou gírias. Isto é um jornalismo isento e imparcial. E o Sr. Tony Reis que me aguarde. Vai ter que provar na justiça que sou homofóbico.
Na Época
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