sábado, 3 de dezembro de 2011

Racismo no Colégio Anhembi Morumbi - Estagiaria forçada a alisar o cabelo para manter a 'boa aparência'

Racismo no Colégio Anhembi Morumbi - Estagiaria forçada a alisar o cabelo para manter a 'boa aparência'


cabelo afro
Estagiária se recusa a alisar cabelo e é hostilizada no trabalho
A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário acusa seus superiores de perseguição e racismo. Conforme Boletim de Ocorrência registrado no dia 24 de novembro, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, ela teria sido forçada a alisar o cabelo para manter a "boa aparência". A diretora do Colégio Internacional Anhembi Morumbi ainda teria prometido comprar camisas mais cumpridas para que a funcionária escondesse os quadris.
Ester conta que foi contratada no dia 1º de novembro de 2011, para atuar no setor de marketing e monitorar visitas de pais interessados em matricular seus filhos no colégio, localizado no bairro do Brooklin, na cidade de São Paulo. A estagiária afirma ter sido convocada para uma conversa na sala da diretora, identificada como professora Dea de Oliveira. Nos dias anteriores, sempre alguém mandava recado para que prendesse o cabelo e evitasse circular pelos corredores.
"Ela disse: 'como você pode representar o colégio com esse cabelo crespo? O padrão daqui é cabelo liso'. Então, ela começou a falar que o cabelo dela era ruim, igual o meu, que era armado, igual o meu, e ela teve que alisar para manter o padrão da escola."
Além das advertências, Ester afirma ter sofrido ameaças depois de revelar o conteúdo da conversa aos demais funcionários do colégio. Eles teriam demonstrado solidariedade ao perceber que a estagiaria estava em prantos no banheiro.
"Depois disso, eu me vesti para ir embora e, quando estava saindo, ela me parou na porta e disse: 'cuidado com o que você fala por aí porque eu tenho vinte anos aqui no colégio e você está começando agora. A vida é muito difícil, você ainda vai ouvir muitas coisas ruins e vai ter que aguentar'."
Colégio se defende
Após contato da reportagem, um funcionário indicado pela Direção do Anhembi Morumbi informou que a instituição não recebeu nenhuma notificação sobre o registro do Boletim de Ocorrência. Ele negou a existência de preconceito e se limitou a dizer que "o colégio zela pela sua imagem e, ao pregar a 'boa aparência', se refere ao uso de uniformes e cabelo preso".
A advogada trabalhista Carmen Dora de Freitas Ferreira, que ministra cursos no Geledés – Instituto da Mulher Negra – assegura que a expressão "boa aparência" é usada frequentemente para disfarçar preconceitos.
"Não está escrito isso, mas quando eles dizem 'boa aparência', automaticamente estão excluindo negros, afrodescendentes e indígenas. O padrão é mulher loira, alta, magra, olhos claros. É isso que querem dizer com 'boa aparência'. E excluir do mercado de trabalho por esse requisito é muito doloroso, afronta a Lei, afronta a Constituição e afronta os direitos humanos."
Métodos conhecidos
De acordo com o depoimento da estagiária, as ofensas se deram em um local reservado. A advogada explica que essa prática é comum no ambiente de trabalho, além de ser sempre premeditada.
"O assediador sempre espera o momento em que a vítima está sozinha para não deixar testemunhas, mas as marcas são profundas. O preconceito é tão danoso, que ele nega direitos fundamentais, exclui, coloca estigmas, e a pessoa se sente humilhada, violentada. Quando o assediador percebe a extensão do dano, ele tenta minimizar, dizendo 'não foi bem assim, você me interpretou errado, eu não sou discriminador, na minha família, a minha avó era negra'."
Ester ainda afirma que teria sido pressionada a deixar o trabalho, ao relatar o ocorrido a uma conselheira do Colégio. Como decidiu permanecer, passou a ser vigiada constantemente por colegas.
"Eu estou lá e consegui passar numa entrevista porque sou qualificada para o cargo, mas ela não viu isso. Ela quis me afrontar e conseguiu abalar as minhas estruturas emocionais a ponto de eu me sentir um lixo e ficar dois dias trancada dentro de casa sem comer e sem beber. Você pensa em suicídio, se vê feia, se sente um monstro."
Sequelas e legislação
Ester revela que as situações vividas no trabalho mexeram com sua auto-estima e também provocaram grande impacto nos estudos e no convívio social.
"Desde que isso aconteceu, eu não consigo mais soltar o cabelo. Quando estou na presença dela eu me sinto inferior, fico com vergonha, constrangida, de cabeça baixa. É a única reação que eu tenho pela afronta e falta de respeito em relação a mim e à minha cor."
O Boletim de Ocorrência foi registrado como prática de "preconceito de raça ou de cor". A Lei Estadual nº 14.187/10 prevê punição a "todo ato discriminatório por motivo de raça ou cor praticado no Estado por qualquer pessoa, jurídica ou física". Se comprovado o crime, os infratores estarão sujeitos a multas e à cassação da licença estadual para funcionamento.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

42 comentários:

Rozy disse...

Isso é uma vergonha. Como podem fazer isso com um semelhante eu sei o que ela sentiu, uma certa vez fui a uma entrevista de emprego em um hotel na minha cidade, e a gerente olhou pra mim e disse: vc não se enquadra no perfil. eu à questionei porque não? tenho qualificações! E ela me disse vc é baixinha e esta acima do peso para a vaga.. Na época eu tinha 25 anos pesava 69 Kls e 1.60 de altura, ta certo que estava acima do meu peso ideal mas isso não me desqualificava. Eu me senti assim como ela disse um lixo humano. Isso acaba com agente as leis deveriam nos proteger fazer com que fossemos respeitados e essa pessoas deveriam ser punidas mais severamente.

Vanessa Barbosa disse...

Me sinto envergonhada de morar num país que tolera acontecimentos como esse, deixando-os dentro de uma "normalidade" injustificável. O único padrão que temos aqui é o da impunidade, e a reportagem que acabei de ler me causou uma repugnância tão grande que me pergunto qual é o limite da hipocrisia pra esta sociedade!

Filipe disse...

Preconceito Gratúito. A essa escola, e a todas as pessoas preconceituosas desse país, digo convicto que maior é o desprezo que se ganha por um ato como este, absolutamente repugnante. A você, Ester, digo: SHARON MENEZES é, na minha opnião, uma das atrizes mais LINDAS que já tive o prazer de ver com meus olhos. Pegava FÁCIL. Só te digo isso.

Erika Barros disse...

realmente é uma vergonha tal acontecimento e o pior de tudo é que o slogan desse país é Brasil um país de todos! ai eu pergunto para Ester e para todas as pessoas que ja passaram por tal situaçao voces acreditam nisso?
Como diria Boris Casoy: Isso é uma vergonha!

Ana Lira disse...

Eu acho que a única saída é divulgar esse caso e vários outros que aparecerem o máximo possível. Se ter boa aparência for ter cabelo liso, alguns milhões de brasileiras, diga-se de passagem, não têm por esse critério absurdo que obriga as meninas a machucarem seus próprios cabelos e auto-estima diariamente. Chega de hipocrisia, minha gente!

A Faculdade Anhembi Morumbi, como um espaço de ensino e formação que é deveria se envergonhar de cobrar esse tipo de enquadramento dos seus funcionários, ainda mais ferindo um preceito tão básico.

É muito absurdo que nós, meninas negras, tenhamos que passar por essas experiências constrangedoras diariamente por causa de um padrão de aceitação que não leva em consideração as características das mulheres que nós somos.

Somo meu depoimento de revolta a este debate!

Luciana disse...

Vez ou outra preciso selecionar pessoas e descarto as vezes as q realmente chegam com unhas quebradas, umas pintadas outras não..cabelo não importa o tipo, mas deve estar arrumado, q não significa dizer "alisado". Cor da pele, não importa.Peso: tanto gordas qto magras devem se apresentar vestidas adequadamente a uma entrevista de emprego.

Agora, já que de fato casos como estes do texto ocorrem, pessoas negras,gordinhas, baixinhas, nordestinas, devem estar preparadas emocionalmente para enfrentar estas situações. Nao foi o comentário da entrevistadora q acabou com a auto-estima da candidata. A auto-estima dela já não era tao forte.

Mas eh absurdo q situações assim ainda aconteçam!

E deixo um recado pra garota: da pra fazer penteados lindos em cabelos "ruins". Fico louca p fazer nos meus.Bj

Madri disse...

Antes de mais nada , tambem é importante verificar os dois lados da estória, primeiro se ouvesse racismo porque a mesma teria sido contratada ? Conheço a escola e posso dizer que existem funcionarios de várias etnias . é normal qualquer empresa solicitar ao funcionário que "tenha boa aparencia " no trabalho e isso não quer dizer racismo como disse a advogada da estagiária !

elisabete da cruz | eloin disse...

Perdão, mas a oferta de estagiários é muito grande, se a escola realmente tivesse esse tipo de preconceito não teria aceito a como funcionária.
Precisamos apenas discernir o que os fatos da realidade e não dar importância apenas a uma versão. O preconceito começa com a gente mesmo. Pense nisto.

Eloiza Bento disse...

nao sabemos ao certo que aconteceu, mas, é possivel visualizar ao menos, três situações:
1. a estagiária muito capacitada e a pessoa responsável por contratar na escola,óbvio, contratou pelas qualidades.
2. Posteriormente, na escola aceitou, o estilo afrodescente, mas pensou, que isso poderia sr "melhorado";
3. Ou a escola como um todo nao se "incomodou" com o estilo afrodescendente; mas, algumas pessoas, e essas, quem são pessoas pequenas, mas, o suficiente pra fazer estragos, tomando a frente de coisas que não lhe cabem, ou se sentindo donos da empresa, e incomodada (apenas ela), foi "aconselhar" a garota, a ficar, menos "afrodescendente"
4. a escola como um todo não aprovava o estilo afrodescendente da garota (o que eu acho improvável, pois assim, não a teria contratado)

Isabelle Câmara disse...

Ester, se esta da foto é vc, vc é linda!

Silmara Pereira disse...

Tenho 46 anos e fico indignada em constatar que no seculo 21 ainda existem pessoas inescrupulosas, sem o menos respeito com o próximo, que julgam pela cor da pele, pelo traje,etc....CADEIA NELES!!!!!!!!!!!

Lucas El'Osta disse...

Gostaria de avisar, que esse não é o primeiro e com certeza não sera o ultimo caso nessa instituição, caso nada seja feito. Eu estudei lá por um ano, tem mais o menos uns 3 anos. E pelo simples fato de ser homossexual, sofri bullying pelos alunos e funcionarios do colegio. Foi o pior ano da minha vida, que me resultou em muita terapia, pq me tratavam como se eu fosse doente. E a Deia, em outubro, so faltou me expulsar da escola, inventando mentiras para os meus pais, falando que eu usava roupas rosa, levava boneca para escola, e que eu deveria procurar ajuda medica, pois deveria estar com desvio de conduta. Foi horrivel. Ela fez de tudo para meus pais me tirar do colégio, falando que se eu continuasse lá, ela nao teria como conter uma possivel agressao pelos alunos (coisa que já ate tinha acontecido, e eles ignoraram). A sociedade precisa ter noção de como o CAM é, e que as devidas medidas legais sejam tomadas para evitar novas vitimas.

Anônimo disse...

Será que a história é realmente assim? Não conheço nem o colégio nem a estagiária, mas antes de julgarmos temos que pensar em todas as hipóteses: será que a história aconteceu exatamente assim? Será que se essa diretora realmente tivesse "horror ao cabelo crespo" teria contratado a estagiária dias antes? Estamos falando de uma pessoa recém contratada... se o colégio realmente quisesse funcionários de cabelo liso, certamente teriam optado por outro(a) candidato(a), mas se optaram por essa pessoa é poque em algum momento ela demonstrou ter qualificações para a posição, baseadas em critérios muito mais profissionais. Mas eu que já atuei em atendimento sei que não dá para se vestir do jeito que a gente quer e deixar o cabelo solto. Roupas tem que ser discretas e cabelo preso sim. Por que? Porque o que tem que aparecer não é sua beleza e sim sua competência!!!

Anônimo disse...

Isso me cheira a trambique... me parece que a estagiária quer ganhar dinheiro fácil em cima da escola. Se fossem racistas não teriam contratado a moça. Roupas curtas e cabelo solto não é aparência aceitável, especialmente pra quem receberá os pais (possíveis clientes) para as visitas.

Anônimo disse...

is a free world everyone should mind is on business and stopping see how others they look like. when superstar are dressing like prostitutes no one have the balls to ask them to change the looks, shame.

Anônimo disse...

vamos nos manifestar no site do colégio? Eu já manifestei!
http://www.colegioanhembimorumbi.com.br/index.php?option=com_rsform&formId=3&Itemid=99999&id=1

Anônimo disse...

Gente.... por favor! Se uma pessoa vai até a delegacia prestar queixa por que se sentiu agredida moralmente, desrespeitada, humilhada por sua decendência é porque há um tanto de verdade nisso. Com certeza ela já deve ter passado por situações discriminatórias anteriormente, geralmente mais corriqueiras, mais sutis, e as vezes camufladas, das quais pôde suportar sem prestar queixa (está é a realidade brasileira), de forma que deve saber discernir a diferença entre a boa aparencia e um ato de preconceito.
Para a pessoa isso é uma agreção terrível que causa marcas eternas, para o colégio pode causar apenas alguns processos judiciais que realmente não afetam sua estrutura administrativa e conceitual (infelizmente). Então pensem um pouco mais antes de pedirem que se olhe o lado da instituição e do colégio!

Thiago Nalli Valentim disse...

Antes de sairem falando várias coisas, é preciso ouvir os dois lados. Existe um "MONTE" de gente querendo ganhar dinheiro sem precisar trabalhar. Não concordo como termo descrito no texto, que "Boa aparencia" é para disfarçar Preconceito. No Dia da Entrevista, TODOS nós sabemos que a pessoa vai bem arrumada, perfumada e etc, basta ser contratada para mudar totalmente o estilo... A diretora disse- segundo o relato - que ia dar camisas maiores para esconder os quadris... Será que a "Jovem" ai não estava usando blusinhas minusculas??? Acontece que hoje em dia TUDO é preconceito, fácil falar de preconceito para LUCRAR sobre isso, quer um preconceito? Vai no Salão Negritude Fashion Hair.. Sabe o que me falaram lá: "Só trabalhamos com NEGROS, não cortamos cabelo de branco"... Opa, cade a cota de 10% Brancos lá? e esse Preconceito que sofri? Dai os Hipocritas vão falar que eles estão certos pois é um espaço deles e ebla bla bla...
Acho que é Preciso apurar bem o negocio ai da Estagiaria, se tivessem mesmo preconceito nem contratado eles teriam...

Anônimo disse...

Eu estudo no Cam a uns 9 anos, e desculpa mas dizer que com 'boa aparencia' estava sendo preconceito, ela mesma esta se desrespeitando, pois com esse termo ela queria dizer cabelos presos e blusas mais cumpridas.O CAM tem uma super diversidade de funcionarios(baixinho, gordinho, magro, negros,loiros...). E o bullying, nao importa onde for sempre vai existir, infelizmente! E para a Ana Lira, a faculdade é uma coisa e o colégio outra! Se voces nao sabem nada do colégio acho melhor voces pesquisarem bem antes de falarem qualquer coisa do tipo. Uma coisa que muitos nao sabem é que o cam tem muitos alunos 'especias' (cadeirantes e outras deficincias) que são tratados com o maior carinho por todos, e tem colégios que tem preconceito com essas pessoas, pois acham que eles nao tem capacidade de estudar em uma escola normal. Portanto o cam é um colégio querido para muitos, e como eu disse antes pesquisem bem antes de falar qualquer coisa!

Wagner Rodrigues disse...

Ester, saia de casa, sorria, solte seu cabelo e mostre que eles é que deveriam ficar envergonhados. Além da discriminação óbvia, e queve, sim, ser punida, seus empregadores mostraram o quão problemáticos são, incapazes de enxergar a beleza de uma mulher negra.

Anônimo disse...

Esse país acha que é branco de alguma forma! Gente, somos filhos de uma época de exploração da mão de obra na base da enganação! Mulheres eram feitas de brinquedos sexuais e seus maridos, escravos, a tudo assistiam, teatrinho dos brancos que vcs tanto amam... Se tem gente que estabelecou raça e identidade nesse país, são os negros! Somos de maioria africana, os brasileiros que se acham brancos, se forem para a Europa, Ásia, serão tratados como lixo! os brancos que estão aqui, ou são refugiados de guerra ou são gente sem sucesso no seus país mais uma vez ganhando em cima do Brasil, pela sua inteligência é claro... vamos parar com essa besteira, por mim não existiria nem fronteira no mundo, mas a nossa realidade é outra, acordem dessa novela seus racistas idiotas, vocês são brancos só na vontade mesmo!

Anônimo disse...

aaa esse pessoal ai dos comentarios, meu na boa voces negros tem preconceito com voces mesmos, agora é capaz de alguem falar 'aquela menina mais moreninha ali' e ela ja vem puta falando voce tem preconceito comigo e bla bla bla... a da licença! Tenham no minimo noção disso. Voces falam do preconceito que os brancos tem com voces,mas no fundo são voces que tem.

Rodrigo disse...

Em pleno século XXI, 2012 batendo aí na porta, e ainda tem gente nessa de "padrão" é "cabelo liso" e outras coisas racistas.

Podre, abominável e vergonhoso, ainda mais vindo de uma ESCOLA, o tipo de ambiente que deveria combater a ferro e a fogo qualquer prática desse tipo, mas vemos que o problema, como quase sempre, "vem de cima", e não "de baixo"... Deplorável.

Mas denunciar, expôr essas babaquices, é uma atitude digna e totalmente válida e que deve continuar a ser feita!

Edu66 disse...

Achar que a pessoa em questão fez tudo isso somente para "ganhar dinheiro", ou considerar tudo um exagero, é uma demonstração clara de pura falta de informação. Que a Anhembi Morumbi seja uma Instituição séria, não vem ao caso. O problema é a pessoa que praticou o ato. É ela que deve ser identificada e devidamente processada, sem contar a necessidade de rever seus conceitos. O mais deplorável é que se trata de uma educadora (?). Teremos então que nos embranquecer e alisar os cabelos para termos "boa aparência?".
Para os desinformados de plantão, busquem informações sobre a trajetória do negro Brasil.

Eduardo disse...

Achar que a pessoa em questão fez tudo isso somente para "ganhar dinheiro", ou considerar tudo um exagero, é uma demonstração clara de pura falta de informação. Que a Anhembi Morumbi seja uma Instituição séria, não vem ao caso. O problema é a pessoa que praticou o ato. É ela que deve ser identificada e devidamente processada, sem contar a necessidade de rever seus conceitos. O mais deplorável é que se trata de uma educadora (?). Teremos então que nos embranquecer e alisar os cabelos para termos "boa aparência?".
Para os desinformados de plantão, busquem informações sobre a trajetória do negro Brasil.

Marcos Oliveira disse...

Nem adianta tanta revolta, todos são pregadores dessa ditadura da beleza da "boa aparência" Agora é tarde, continuem seus cultos as estrelas da tv com rostinhos bonitos de narizes afinados e olhos azuis. (fulano é tão lindo, um Deus, e blá blá blá). Nesse país só de nascer com traços europeus já é meio caminho andado pra o sucesso. A culpa é de vocês.

Anônimo disse...

Que vergonha para todas as pessoas que estao dizendo - Sera que foi mesmo assim???

Voces provavelmente nunca passaram por nenhum tipo de preconceito ou buling.E nao sabem nem de longe o que poderia ser. Voces provalvelmene nunca o afrontaram, voces provavelmente sao brancos,e muito provavelmente sao parte daquela parcela de brasileiros que acha que no Brasil nao existe racismo.Este e´o racismo velado existe no nosso pais! Abram os OLHOS.

E Essa escola deveria ser penalizada! Que vergonha!

Anônimo disse...

Acho que as pessoas que estão defemdendo essa atitude da escola deve ser igual a essa direitora ou tem o mesmo pensamentos,e facil julgar quem esta esposto a tal situação! antes de julgar se ponha no lugar da estagiaria!,pimenta nos olhos do outros e refreco!.

Anônimo disse...

Racismo é qualquer manifestação de preconceito, então temos que nos livrar de profissionais estúpidos que sustentam esta prática.
Acredito que existam muitos estabelecimentos, principalmente os de ensino que por fachada contratam pessoas negras e deficientes por interesses específicos: 1° pela lei de cotas e 2° para aparentemente “mostrar que não são preconceituosos”, depois ficam tentando amenizar ou os traços, como no caso da estagiaria ou os colocam para trabalhar em locais que quase não aparecem, e quando alguém interessado pergunta.... ai estes funcionários estão sempre lá para mostrar que o estabelecimento esta livre de preconceitos.
Infelizmente a população brasileira não aprendeu que a diversidade cultural é a nossa marca e devemos valorizar as diferenças e não discriminar.
Esta moça tem muita coragem de mostrar sua história, que merece todo o respeito, pois só a partir de denuncias como esta, que mudaremos a realidade Brasileira.
O PRECONCEITO NÃO PODE ESTAR IMBUTIDO EM NOSSO PEITO E SIM O RESPEITO...

Anônimo disse...

Estudei lá a minha vida toda e nunca presenciei nenhum tipo de preconceito! Muito pelo contrário, tenho certeza que minha formação foi excelente nesse sentido! Sobre boa aparência é fato que algumas pessoas se empolgam e é dever da empresa zelar por isso! Sou branca, tenho cabelo liso e já trabalhei em empresas onde tínhamos que trabalhar com cabelos presos (todas independente da raça) e éramos instruídos freqüentemente em como nos vestir corretamente, ela estava lá para vender o colegio e não para aparecer! Na boa! Acho que é mais uma querendo aparecer!!! Mais uma Geisy Arruda, ninguém merece!!!

Cássia Pinheiro disse...

Racismo é sinal de ignorância. Para conhecer a cultura de um outro país é preciso estar desarmado de preconceitos raciais.
(Stevie Wonder).
Racismo me causa nojo. Ainda custo a acreditar que certas coias ainda existam no Brasil. Só tenho a lamentar e dizer que nosso lindo país está doente.

Taisa Marinho disse...

Acho terrível esses comentários de pessoas hipócritas usando o discurso de que temos que ouvir os dois lados. Tudo bem que isso é um procedimento justo mas, neste caso, essas pessoas querem esconder seu próprio preconceito. E digo mais! Sou branca, porém tenho cabelos crespos e sofri e sofro ainda muito preconceito por assumi-los. E a pior vegonha que sinto é que, a escola e a universidade que deveriam contribuir para o fim do preconceito são as instituições que mais contribuem para que ele permaneça.

Anônimo disse...

Se a escola tivesse algum preconceito contra negros, não teria contratado a moça como estagiária, teria dado a vaga a alguma outra pessoa. Conheço bem a escola e nunca vi preconceito nenhum por parte da instituição. Os dois lados precisam ser ouvidos, pois hj em dia existe muita gente querendo se aparecer.

Fhatinha disse...

Alisar o cabelo para entrar nos padrões do colégio é fácil, (embora seja absurdo e inaceitável)...
Difícil mesmo é LAVAR A ALMA E LIMPAR O CORAÇÃO DE TANTA MALDADE!!!
CABELO ARMADO, COR, CREDO, RELIGIÃO.....NÃO MEDE CARÁTER DE NINGUÉM ....
VINTE ANOS DE COLÉGIO E NÃO APRENDEU O VALOR DA VIDA, DO PRÓXIMO...
L A M E N T Á V E LL..........que todos vejam e compartilhem.

Anônimo disse...

Ridículo! Tá na cara que quem está atacando a instituição, não a conhece. Meu filho entrou no CAM no segundo semestre desse ano e foi muito bem acolhido. Nós, os pais dele, pudemos perceber o quanto a escola é diferente, recebe alunos com deficiências de vários tipos, não há nenhum tipo de discriminação. Cabe ressaltar que meu filho foi para o CAM transferido do Colégio Porto Seguro, bastante conhecido em São Paulo. Me parece que a Estagiária realmente já não se sentia segura por si só, e o fato de um superior dar uma dica de como melhorar sua apresentação, a meu ver, é posistivo. Um feed back, positivo ou negativo, é sempre um presente que você recebe e, como tal, merece um agradecimento.

Anônimo disse...

gente esse cabelo é lindoooooooo!
Parece cabelo de novela..
Acho q tinham inveja dela.

Zezé da Cabeleira disse...

Tem bem jeito de ser uma oportunista querendo aparecer.
Devia ter saído na rua fazendo batucada que seria menos leviano.
Ficou ofendidinha porque pegaram no ponto fraco dela: o cabelo ruim e bagunçado.
Nenhum empregador é obrigado ter seguidores do Bob Marley como funcionários.
Aparência é importante sim.
Roupa, cabelo, barba e dentes em ordem são fundamentais...
Essa aí só faltou ser banguela e ter bigodinho pra ser reprovada nos principais quesitos.

Patricia disse...

Puro preconceito... pior é um bando de gente postar com o mesmo preconceito afirmando que a garota está querendo aparecer e coisa e tal... O tal colégio vai acabar ficando impune, li vários comentários no facebook de alunos e ex-alunos, alguns tem e outros não tem queixas sobre o tal colégio. Se fosse bom mesmo e não tivesse nada de preconceituoso não haveriam alunos e ex-alunos com qualquer reclamação. Espero que este tal colégio seja punido de alguma forma. E que os alunos prestem mais atenção sobre os abusos e preconceitos.

Anônimo disse...

Pode não ser 100% verdade. Mas que o preconceito existe sim da parte da DIRETORIA EXISTE, já estudei, fui bolsista, e havia preconceitos sim, só pelo fato de eu ser bolsita, a diferença é que eu nunca deixei falarem o que quisessem para mim.
Além do mais, moral, beleza e educação são duas coisas que não estão nas listas de qualidades da diretora.

Graças a Deus, existem pessoas MELHORES e SUPERIORES dentro desse colégio que realmente podem ser chamados de PADAGOGOS, pq ela... infelizmente não.

Boa sorte e que a verdade seja descoberta.

Anônimo disse...

O ZEZE DA CABELEIRA FEZ UM COMENTARIO ACIMA TAO NFELIZ NO DIA 7 DE DEZEMBRO, !!!
QUE VERGONHA DE ESTAR NO MESMO PLANETA QUE VC.
PRECISAMOS REZAR E PEDIR QUE DEUS ILUMINE A MENTE DE SERES COMO ESSE, QUE AINDA HABITAM ESSA TERRA.

Beatriz C. disse...

Eu estudo nesse colegio e demitiram essa mulher agora é um simples colegio internacional

Anônimo disse...

Dá para diferenciar bem comentários de.brancos e de negros aqui. Triste...