terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Claudia, 8 meses, e a PM do governador Alckmin


Claudia, 8 meses, e a PM do governador Alckmin

Nirlando Beirão

Tenho um amigo que batizou de Claudia – lindo nome – sua filhinha nascida em junho de 2011. Ela é um encanto de menina, risonha e doce. No entanto, tem padecido recentemente daquele mal-estar típico que os pais extremosos pensam ser o fim do mundo e o pediatra, já escolado, tranqüiliza com um – “não é nada, fiquem tranqüilos”.
O fato é que Claudia tem tido noites inquietas, chorosas.
O pai, naquela ansiedade de primeira viagem, faz o que pode, compressas, chupetas, suquinhos. O efeito é aleatório. Às vezes, o mal-estar passa e Claudia volta a dormir como um anjo. Às vezes, ela contempla as madrugadas com gritos lancinantes de bicho ferido.
Repito: Claudia é um amor e a agente sabe que isso passa. Mas meu amigo, no tormento da madrugada insone, ainda não sabe.
Uma noite dessas, descabelado em sua impotência de dar conforto aquela coisinha linda, ele radicalizou, em desespero de antipedagogia:
– Se você não calar, vou chamar a Polícia do governador Alckmin.
Desde então, a suave Cláudia não dá um pio.
(Este blog é uma homenagem aos resistentes do Pinheiro, em São José dos Campos – famílias e famílias desalojadas pela impoluta Justiça estadual e pela brutalidade da PM do Alckmin para reintegração de posse que favorece o escroque Naji Nahas)

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