segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Nojo, gerente de restaurante coloca criança para fora enquanto seus pais se serviam no buffetO racismo não cordial do brasileiro

Nojo, gerente de restaurante coloca criança para fora enquanto seus pais se serviam no buffet: O racismo não cordial do brasileiro


O racismo não cordial do brasileiro

Por Mario Sergio
Neste final de ano pude testemunhar e viver a vergonha dessa praga do rascismo aqui em nossa multicultural São Paulo. E com pessoas próximas e queridas. Não dá para ficar calado e deixar apenas o inquérito policial que abrimos tomar conta dos desdobramentos desse episódio lamentável e sórdido.
Na sexta feira, 30, nossos primos, espanhóis, e seu pequeno filho de 6 anos foram a um restaurante, no bairro Paraíso (ironia?) para almoçar. O garoto quis esperar na mesa, sentado, enquanto os pais faziam os pratos no buffet, a alguns metros de distância. A mãe, entre uma colherada e outra, olhava para o pequeno que esperava na mesa. De repente, ao olhar de novo, o menino não mais estava lá. Tinha sumido.
Preocupada, deixou tudo e passou a procurá-lo ao redor. Ao perguntar aos outros frequentadores, soube que o menino havia sido retirado do restaurante por um funcionário de lá. Desesperada, foi para a rua e encontrou-o encolhido e chorando num canto. Perguntado (em catalão, sua língua) disse que "o senhor pegou-me pelo braço e me jogou aqui fora".

O casal e a criança voltaram para o apartamento de minha sogra e contaram o ocorrido. Minha sogra que é freguesa do restaurante, revoltada, voltou com eles para lá. Depois de tergiversações, tentativas de uma funcinária em pôr panos quentes, enfim o tal sujeito (gerente??) identificou-se e com a arrogância típica de ignorantes, disse que teria sido ele mesmo a cometer o descalabro. Mas era um engano, mas plenamente justificável porque crianças pedintes da feira costumavam pedir coisas lá e incomodar. E que ele era bom e até os alimentava de vez em quando. Nem sequer pediu desculpas terminando por dizer que se eles quisessem se queixar que fossem à delegacia.
Minha sogra ligou-me e, de fato, fomos à delegacia do bairro e fizemos boletim de ocorrência. O atendimento da delegada de plantão foi digno e correto. Lavrou o BO e abriu inquérito. Terminou pedindo desculpas e que meus primos não levem uma impressão ruim do Brasil.
Em tempo: o filho de 6 anos é negro. Em um e-mail (ainda não respondido pelo restaurante Nonno Paolo ) pergunto qual teria sido a atitude se o menino fosse um loirinho de olhos azuis.

No Advivo

4 comentários:

Anônimo disse...

e dizem que nao existe racismo no Brasil ... pura hipocrisia ! Outra coisa: e se a criança fosse mendiga independente da cor da pele que tenha, pegar a criança pelo braço e joga-la na rua nao fere o estatuto da criança e do adolescente ? Luciane Köşlü - Turquia

Anônimo disse...

qual o restaurante? para que possamos boicatar este estabelecimento....

Romilda Raeder disse...

Verdade: diga o nome do restaurante, para que as pessoas possam boicotá-lo! Twitter nele!!!

Roanna disse...

Gente, desculpa. Não sei o que aconteceu... agora está no texto. Obrigada pelo aviso.