Amaury Ribeiro Júnior foi vítima de um equívoco ao ser abordado pela PM em Rondonópolis
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Rondonópolis (MT) – a 220 km de Cuiabá – na noite de sábado, quando fazia levantamento de uma reportagem, junto com outro jornalista identificado apenas por Leandro. Ribeiro, segundo a PM, foi confundido, junto com o colega, como “ladrão de gado.”
Segundo o sargento Kiszewski, do Batalhão Ambiental, era aproximadamente 20h de sábado quando ele recebeu denúncia formal de dois gerentes de fazendas na região de Mineirinho (70 km de Rondonópolis, em direção a Mato Grosso do Sul), sobre dois homens “suspeitos” em uma caminhonete.
Os gerentes das fazendas Santo Antônio de Itiquira e Santo Antônio de Mutum disseram que desde à tarde que a caminhonete rondava o local e à noite, e como o veículo continuou circulando, eles decidiram fazer denúncia formal.
O sargento e uma equipe de dois soldados foram à região das fazendas e conseguiram abordar os ocupantes da caminhonete VW Amarok, alugada em Cuiabá. Amaury Ribeiro Júnior se identificou e ao ser questionado sobre sua presença no local, disse que realizava levantamento para produção de uma reportagem. Outro jornalista disse que se chamava Leandro, mas a ele não foi pedido documentos.
Segundo o sargento, os jornalistas faziam levantamento sobre propriedades rurais da Igreja Mundial do Poder de Deus para produção de uma reportagem da TV Record de São Paulo.
Ambos mostraram, de acordo com o PM, credenciais da empresa.
Kiszewski disse que é natural essa ocorrência porque a região é alvo de constantes ataques de ladrões da gado.
O sargento disse que se lembrou do livro escrito pelo jornalista, “Privataria Tucana” porque leu sobre o assunto nos sites do país.
Segundo Kiszewski, não foi registrado boletim de ocorrência (BO) porque não houve nenhum delito. Depois disso, os jornalistas foram escoltados até um posto da Polícia Rodoviária Federal na rodovia BR-163 e de lá seguiram para Cuiabá.
De acordo com o sargento, os jornalistas disseram que seguiriam na manhã deste domingo para São Paulo. O PM não tinha informações sobre o telefone de Ribeiro e nem o endereço do hotel onde ele estava hospedado. “Está anotado lá no comando (do Batalhão Ambiental) e só posso fornecer amanhã (segunda-feira)”, disse o sargento.
PRIVATARIA
Amaury Ribeiro Júnior é autor de um dos livros brasileiros mais vendidos em dezembro de 2011 e janeiro deste ano, intitulado “Privataria Tucana”, em que apresenta indícios, a partir de documentos públicos ou obtidos legalmente, de um esquema bilionário de fraudes no processo de privatização de estatais durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
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