sábado, 28 de abril de 2012

Afropress atacada por neonazistas. Um crime contra a comunidade negra

Afropress atacada por neonazistas. Um crime contra a comunidade negra


No Mamapress


No momento a afropress está hospedada provisoriamente neste link .  Acabei de falar com o Editor da Afropress, e ele diz que o mesmo grupo de Brasilia que tem ligações com o assassino de Realengo. MR
UM CRIME CONTRA A COMUNIDADE NEGRA (E ainda querem dizer que não existe racismo no Brasil)
No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF), pela unanimidade dos seus membros, consagrou o princípio da constitucionalidade das ações afirmativas e das cotas para negros e indígenas, como mecanismos necessários para se chegar à Igualdade e à Justiça, grupos racistas desfecharam violento ataque à Afropress (Agência Afroétnica de Notícias), que obrigou o Provedor – a Rede Tiwa, com sede no Rio de Janeiro – a retirar a página do ar, para proteger o nosso banco de dados, gravemente ameaçado.
Não é a primeira vez que a Afropress é alvo de grupos que pregam e praticam o ódio e a intolerância e não há coincidência em que tentem, justamente hoje, mais uma vez, destruir um veículo de informação que há sete anos se mantém fiel ao objetivo de fazer um Jornalismo comprometido com a luta contra o racismo e a discriminação e a defesa dos direitos civis e por igualdade da população negra brasileira.
Em comunicado à Redação, Carlos Afonso, responsável pelo Provedor Tiwa, confirmou o ataque, iniciado por volta das 12h de hoje (26/04), e anunciou ter havido a necessidade de “desativar [tirar a página do ar] para evitar que continuem explorando os diretórios comprometidos”.
Os autores de mais esse crime são os mesmos que há sete anos passaram a ter a Afropress como alvo. O ataque desta vez, certamente, é uma represália covarde às manifestações de alegria por parte de milhões de negros (as) e antirracistas, que tomaram conta do país, desde que o ministro Carlos Ayres Brito, presidente do Supremo Tribunal Federal, proclamou o resultado.
O jornalista Dojival Vieira, Editor de Afropress, disse esperar que, recuperado o back-up e obtida a nova senha de acesso, o site volte ao ar ainda durante esta sexta-feira (27/04) para cobrir a repercussão do julgamento histórico da mais Alta Corte do Brasil e dar continuidade ao trabalho que vem fazendo.
Ele afirmou que só o aprofundamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre os crimes praticados por gangues racistas e neonazistas – e que levaram à prisão recente do ex-estudante da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Valle Silveira Mello, e do empresário Emerson Eduardo Rodrigues, ambos presos pela PF, em Curitiba -,poderão esclarecer quem são os autores de mais esse ataque criminoso contra a liberdade de expressão.
O jornalista disse ainda que encaminhará a denúncia formal aos Sindicatos de Jornalistas de todo o país, aos organismos e entidades comprometidas com a defesa da liberdade de expressão, e a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA, e pediu a solidariedade ativa de todos os ativistas negros e antirracistas que lutam por Direitos e Igualdade.
“Nem um passo atrás. Como das outras vezes, voltaremos ainda mais determinados a continuar o nosso trabalho. Não nos calaram antes. Não nos calarão agora. Não nos calarão jamais! Venceremos!”, prosseguiu.
S. PAULO, 26 DE ABRIL DE 2.012 – DIA EM QUE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DECLAROU A CONSTITUCIONALIDADE DAS AÇÕES AFIRMATIVAS E DAS COTAS NO BRASIL.
EQUIPE DE REDAÇÃO DE AFROPRESS
DOJIVAL VIEIRA – Editor e Jornalista Responsável
JORNALISTA RESPONSÁVEL E EDITOR

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