terça-feira, 17 de abril de 2012

#ClasseAltaSofre: Qui dó, qui dó, qui dó: Madame diz “Só levo o cachorro para passear de carro”



#ClasseAltaSofre: Qui dó, qui dó, qui dó: Madame diz “Só levo o cachorro para passear de carro”

Enquanto isso... com violência e sem transporte público:

Primeiro tentamos entrar no vagão:


Quando conseguimos entrar vamos assim...


Medo faz do Morumbi um bairro à venda

O medo de assaltos, a redução do tamanho das famílias, o crescimento do trânsito e a chegada do monotrilho (Linha 17-Ouro do Metrô) têm causado uma proliferação de placas de “vende-se” e “aluga-se” nas casas do Morumbi, um dos bairros mais nobres da zona sul de São Paulo. Em quatro horas circulando pela região, na sexta-feira, o Jornal da Tarde viu 30 anúncios em seis ruas.
Em um trecho de 800 metros da Avenida Giovanni Gronchi, entre o Estádio do Morumbi e a Rua Corgie Assad Abdalla, havia oito casas para alugar ou vender, a maioria mansões. “Quero que apontem uma rua que não tenha uma casa à venda”, desafia a desembargadora Ana Maria Contrucci Brito Silva, de 67 anos.
Há 30 anos, ela mora em um imóvel de 500 metros quadrados na Rua Luiz Galhanone, que tenta vender desde 2003. Na sua rua, diz, há outras oito casas à venda. “Atribuiria isso à violência, além da dificuldade de as famílias manterem as casas”, diz ela, que foi assaltada na porta da residência em 2005. “Uma vizinha mudou para o Itaim-Bibi porque pularam o muro dela e encostaram a arma na sua cabeça duas vezes.”
Na Rua Fleury Meirelles, uma travessa da Avenida Morumbi, uma digitalizadora que se identificou como Elizabeth, de 52 anos, há cinco anos tenta vender a casa onde mora. “A violência aumentou muito, assim como o barulho na avenida”, disse.
Segundo ela, a casa também ficou grande para o número de moradores, que caiu pela metade desde que se mudou, em 1963. Com receio, Elizabeth atendeu a reportagem do alto do quintal: conversou pelo vão de um gradil, com o rosto ao lado de placas de “vende-se” e “aluga-se”.
Segundo ela, o imóvel, com 510 metros quadrados de área construída, vale R$ 2 milhões, mas os interessados têm oferecido um terço do valor. Na sua rua, mais dois imóveis estavam à venda. Em um deles, a moradora também teme a falta de segurança. “Só levo o cachorro para passear de carro”, disse ela, sem se identificar.
A repercussão dos casos de violência na imprensa está relacionada à concentração de casas à venda no Morumbi, diz o diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia. “É uma coisa cíclica na região. De tempos em tempos, casos de roubos aparecem nos jornais, e as pessoas colocam suas casas à venda.” No entanto, ele diz que os preços de lançamentos imobiliários não têm caído, mas não forneceu os números.
Segundo a Polícia Militar, os crimes contra o patrimônio estão diminuindo na região. De janeiro a 9 de abril, os roubos de imóveis recuaram 59% e os de carros, 27% – comparados com o mesmo período de 2011. A PM instalou cinco bases comunitárias móveis em Paraisópolis e Morumbi e diz que, desde março, intensificou o combate aos furtos.
* grifos meus

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