sábado, 14 de abril de 2012

Reinaldo Azevedo não sabe a diferença entre engravidar e parir

Reinaldo Azevedo não sabe a diferença entre engravidar e parir



Em julho de 2009, em meio ao golpe militar em Honduras que depôs o presidente Manuel Zelaya, o hidrófobo colunista da Veja torturou a matemática para justificar o seu apoio ao golpe.
À época, Reinaldo Azevedo fez um cálculo estapafúrdio para justificar uma comparação esdrúxula. Falava sobre manifestação em Honduras que teria levado 100 mil pessoas a marchar nas ruas a favor do golpe. E aproveitou para comparar com (e detratar) o comício pelas Diretas Já no Vale do Anhangabaú.
No cálculo de Reinaldo, uma manifestação no Brasil similar àquela ocorrida em Tegucigalpa teria que reunir 2,66 milhões de pessoas. Na matemática do pitbull da Veja, o Brasil teria 203 milhões de habitantes, e não os 191 milhões segundo estimativa do IBGE naquele mês. Fiz a correção aqui mesmo no blog.
Nesta segunda (10), o dito cujo voltou a ser reprovado em conhecimento básico.
Num texto em que ataca a liberação do aborto de anencéfalos, que deve ser votada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta (11), o azedo escritor demonstrou ignorância sobre algo que até uma criança de 6 anos sabe distinguir: a concepção (o ato de engravidar) e o nascimento (o ato de dar à luz) de um ser humano.
“Em suma: para abortar, bastaria querer, e o sistema público de saúde teria de fazer a sua vontade. Chega-se ao absurdo de transformar o aborto numa política anticoncepcional“, disse Reinaldo Azevedo, no seu blog no portal da revista Veja, às 16:47 (destaque meu). O link está aqui e o print da tela segue abaixo.
Reinaldo Azevedo não sabe a diferença entre engravidar e parir
O aborto seria uma forma de evitar a concepção! É um raciocínio excepcional, fora de série! Coisa de um verdadeiro JÊNIO, como diria o Paulo Henrique Amorim.
Acho que a genialidade dele é tão elevada que eu talvez esteja escrevendo esse post porque não estou à altura de compreender tal inteligência suprema!
Mas talvez ele quisesse dizer “política antinatalista”, mas o cérebro pode ter falhado na hora de escolher as palavras. Ou, ainda, a cachola pode estar sofrendo por algum exagero em banhos de cachoeira.
Como disse a amiga Flávia, outra que constatou há tempos as sérias limitações cognitivas do dito cujo: “Ai professora, como é burro! Dá zero pra ele!”.

Gostando ou não, Reinaldo provavelmente verá o STF aprovar a demanda das mulheres brasileiras, que já foi conquistada por suas semelhantes na Austrália, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Canadá, África do Sul, França e de mais 87 países, inclusive democráticos e majoritariamente católicos, como México, Portugal e Itália, segundo levantamento feito pela UnB Agência e reproduzido pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero.
Abaixo segue um mapa do aborto legalizado no mundo, que consta na matéria da UnB Agência.


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