quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tem gente que simplesmente nasceu para ser legal

Foto: Jezebel

Tem gente que simplesmente nasceu para ser legal


Katie J. M. Baker
Todos nós temos um(a) amigo(a) que não sai por aí falando mal de quem quer que seja, discretamente se voluntaria para receber o seu cachorro nos fins de semana e se recusa a roubar azeitonas da praça de alimentação — e ele(a) não é nem um pouco irritante por causa disso, porque ele(a) é realmente MUITO LEGAL. Então, qual é o problema dele(a)? Ele(a) foi educado(a) de uma forma diferente? Ele(a) está focado(a) em fazer o bem sob a luz do espírito santo? Uma nova pesquisa diz que ele(a) simplesmente pode ter nascido(a) deste jeito.
Basicamente, pessoas que possuem os hormônios oxytocina (que faz com que sejamos sociáveis e “maternais”, apelidada pela revistaScience de “química do carinho”) e vasopressina, quando conectados de uma certa forma, são consideradas mais legais em relacionamentos mais próximos. Os cientistas ficaram curiosos se os hormônios também causariam um comportamento “pró-social”, como o sentimento de urgência em fazer donativos, pagar os impostos, denunciar crimes, doar sangue e participar de serviços de júri, por exemplo.
Os indivíduos entrevistados falaram sobre a frequência com que realizaram estas atividades e também sobre como se sentiam em relação ao mundo e à humanidade em geral. Aqueles que disseram considerar a vida uma “ameaça” eram menos propensos a ajudar os outros – a menos que tivessem versões dos genes “legais” receptores, o que ”lhe permitiriam superar tais sentimentos, como o de o mundo ser ameaçador, e conseguir ajudar outras pessoas, apesar desses temores”.
“Então, se um de seus vizinhos parece realmente generoso, atencioso e faz o tipo cívico de pessoa, enquanto outro parece mais egoísta, avarento e nem um pouco interessado em agregar, os respectivos DNAs podem ajudar a explicar por que o primeiro é agradável e o segundo, não”, disse Michel Poulin, PhD, principal autor do estudo. ”Não estamos dizendo que nós encontramos o gene ‘gentileza’. Mas encontramos um gene que contribui para esse achado. Interessante é o fato de este gene funcionar apenas para certos sentimentos que as pessoas têm em relação ao mundo.”
O que significa que, infelizmente, jamais poderemos introduzir uma pequena amostra nos babacas que conhecemos. Mais uma vez, a ciência não trabalhou a nosso favor.

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