terça-feira, 25 de setembro de 2012

TED, o Sr. Deputado e o ursinho das moças

E tem mais , senhor deputado, se não quer que seu filho veja o que o senhor considera inapropriado, ou raio que o parta, não o leve  para ver filmes classificados fora da faixa etária dele.

TED, o Sr. Deputado e o ursinho das moças

POR XICOSA

Amigo urso, saudação bipolar, como diria o Moreira da Silva, o velho Morengueira.

Um fofo esse ursinho TED.

Sim, o do filme que o deputado Protógenes Queiroz (PC do B de SP) quer tirar de cartaz.

Ele alega que o filme passa uma mensagem tipo “não faça nada, seja um vagabundo, se drogue e serás feliz”.

Nada mal, hein, seria o paraíso tal plataforma de existência. A morte final da moral burguesa. 

Infelizmente a vida não é sopa, Sr. deputado.  A vida é pulp, ficção barata, como a que Vossa Excelência quer tirar de circulação agora.

Com uma esquerda dessas quem carece da Universal do Reino de Russeau, mano? [Perdão, leitores, não resisto a um trocadilho ridículo].

Quando vi o TED, o ursinho da fita, fiquei pensando em todos os bichinhos de pelúcia das moças. Havia sido despertado sobre o assunto, séculos atrás, pelo amigo Gilvanzinho, bar do Cabo, Brasília Teimosa.

Amo os bichinhos de pelúcia das moças. Como eles são vivos e fazem parte das nossas vidas.
O Gegê, por exemplo, fica me olhando com cara de ciúmes, mas me aceita. Vez por outra faço um bilu-bilu-tetéia nele. Principalmente quando o bicho quer nos atrapalhar na cama, tentando impedir que eu cole por completo na sua dona no lado da parede.

É, caro TED, reparo nos ursinhos das moças.  Eles mimetizam toda a safadeza delas. Fofolândia da bela fudelância. Ops, mais respeito, Sr. cronista inviável.

Mas são as putas, Sr. Deputado, que mais amam os bichinhos de pelúcia.

Repare que sempre tem um vendedor esperto com um ursão gigante nas portas das boates e resistentes cabarés interioranos, como o “Classe A” de Sorocaba, por exemplo, onde conheci a primeira puta socrática da minha vida -sério, me ganhou ao citar o filósofo várias vezes, o amigo Antonio Carlos não me deixa mentir nessa hora.

Minhas putas tristes amam os ursinhos alegres.

As moças, profissionais ou amadoras, e os seus ursinhos incríveis. Nós apenas passamos um tempo na cama delas, eles são para sempre.

Uma vez, doidão, briguei de tapa com o mais enjoado urso que já encontrei pela frente.

Um ursinho cabuloso.

Toda vez que eu descia para adular o sexo da amada com beijos crepusculares… estava lá o ursinho entre as pernas dela, atrapalhando o tráfego do amor latente. Tinhoso. Aquele tinha vida e sabia tirar proveito dela. Foi no bairro da Mustardinha, na minha chegada ao Recife.

É, velho TED, perto de alguns ursinhos sacanas por ai, és um tremendo inocente.

Acho lindo que a moça mantenha o seu ursinho até o pós-Balzac. É o símbolo-mor da fidelidade. Se o canalha falha, estão lá os mimos mais polares.

Amigo urso, perdoa essa gente de carne e osso, incluindo os senhores deputados.

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