sábado, 27 de outubro de 2012

"Mensalão": Se ele não teve impacto na eleição de 2006, com as notícias fresquinhas, por que teria agora em 2012?

"Mensalão": Se ele não teve impacto na eleição de 2006, com as notícias fresquinhas, por que teria agora em 2012?
E O MENSALÃO? Haddad, favorito em São Paulo, com Dilma e Lula em comício. O eleitor separa  o desempenho de governo dos episódios de corrupção  (Foto: Ricardo Stuckert/Instituo Lula)
E O MENSALÃO?
Haddad, favorito em São Paulo, com Dilma e Lula em comício. O eleitor separa o desempenho de governo dos episódios de corrupção (Foto: Ricardo Stuckert/Instituo Lula)

O julgamento do mensalão não prejudicou o PT

ALBERTO CARLOS ALMEIDA

Se ele não teve impacto na eleição de 2006, com as notícias fresquinhas, por que teria agora em 2012?

Em 2005, eclodiu o escândalo do mensalão. Foi em meados daquele ano que Roberto Jefferson iniciou um conflito dentro da base de apoio do governo sem precedentes na história do Brasil. As denúncias do então principal político do PTB acertavam o coração do governo, nada menos que José Dirceu, então ministro da Casa Civil e principal articulador político de Lula.
Em 2006, Lula foi reeleito presidente. Na época, o PSDB argumentou que o escândalo ocorrido em 2005 sangrara Lula e seu governo e, em 2006, ele seria definitivamente aniquilado politicamente nas urnas. Na forma de pensar dos tucanos, Lula e seu governo não tinham condição de sobreviver depois de um ano de sangramento.
O processo de desgaste do governo Lula em 2005 foi bastante longo, durou todo o segundo semestre. A CPI do mensalão foi prorrogada várias vezes, e as notícias de repercussão nacional foram inúmeras – e todas muito negativas para o governo: a entrevista de Lula na França admitindo que o PT fizera o mesmo que todos os partidos, o depoimento de Duda Mendonça, marqueteiro de Lula em 2002, na CPI admitindo o ilícito, evidências de fraudes financeiras realizadas por empresas ligadas ao governo etc.

Revista Época

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