segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Causar dano emocional ao parceiro é crime



Causar dano emocional ao parceiro é crime

Feminismo sem demagogia

Flagrante, não há. Marcas roxas tampouco estão lá para provar a agressão.

"Psicológica" é o adjetivo usado para tentar definir uma forma de violência silenciosa --por mais que o silêncio seja feito de palavras, acusações, cobranças. Ou gestos, olhares, sarcasmo, piadas.

A complexidade da violência psicológica não impede que esse crime tenha uma definição legal. Está no artigo 7 da Lei Maria da Penha, que descreve muito bem constrangimentos, ridicularização e perseguição, entre outras ações causadoras de danos emocionais.

"É difícil explicar aos outros onde está a sua dor", diz o
psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes.

No casamento, os parceiros conhecem se muito bem, sabem o que realmente dói no outro e usam isso para destruir a autoestima do agredido.

"Você constrange a pessoa usando os demônios dela. E ela faz o que você quer, por gostar de você", diz Forbes.

Entre as formas dessa violência que não deixa marca no corpo está humilhar, depreciar, fazer chantagem com cenas melodramáticas e desmerecimentos, levando o outro a crer na culpa, na inferioridade e incapacidade frente a situações como cuidar de si, da casa ou dos filhos. “Em geral, o agressor minimiza os argumentos do outro e, de forma egocêntrica, aumenta os seus, dizendo que são mais importantes e urgentes. Busca satisfação constante de suas vontades, enquanto responsabiliza o outro pelas questões negativas de suas vidas”, diz Cora, que é especialista em psicoterapia psicanalítica.

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