terça-feira, 26 de março de 2013

Prefeito Haddad pede no TJ suspensão imediata de reintegração de posse em SP

Prefeito Haddad pede no TJ suspensão imediata de reintegração de posse em SP



Prefeitura pede no TJ suspensão imediata de reintegração de posse em SP

Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo



A Prefeitura de São Paulo pediu ao Tribunal de Justiça do Estado que intervenha na reintegração de posse de um terreno na zona leste da cidade e suspenda a medida de forma imediata. A reintegração, prevista para acontecer nesta terça-feira (26) e quarta-feira (27), é realizada pela Polícia Militar. A decisão do TJ pode sair nas próximas horas, estima a administração municipal.
De acordo com o secretário de Negócios Jurídicos da prefeitura, Luís Fernando Massonetto, a medida já havia sido pleiteada ao juiz de primeira instância que concedeu a reintegração, no último dia 21, mas foi negada.

Massonetto, que classificou como "violenta" a reintegração conduzida pela PM, afirmou que a administração municipal deve lançar nos próximos dias um decreto de interesse social na área ocupada uma vez que, contatado, o proprietário recusou a desapropriação amigável – feita a partir de valores avaliados pelo poder público.

"A Prefeitura de São Paulo foi notificada no último dia 11 a iniciar o cadastramento das famílias para que fossem incluídas em políticas públicas de habitação; pedimos mais prazo, tendo em vista que é uma área de 120 mil metros quadrados e mais de 2.000 pessoas, mas, infelizmente, isso nos foi sonegado", disse o secretário. Massonetto salientou que o Ministério Público chegou a apoiar, perante o Judiciário, o pleito municipal.
O secretário salientou que o Ministério Público chegou a apoiar, perante o Judiciário, o pleito municipal. "Precisamos da suspensão para que possamos concluir o cadastramento das famílias e planejar a destinação dessas pessoas. A despeito da violência da reintegração de posse, ela causa um prejuízo imediato no deslocamento dessas famílias e dificulta o cadastro delas", observou.

Já o prefeito Fernando Haddad (PT) lamentou a negativa do juiz em dilatar o prazo pedido pela administração para cadastrar as famílias, citou as medidas declinadas depois pelo secretário Massonetto –-decreto de interesse social em andamento e tentativa de negociação com o dono da área --,mas se esquivou ao ser questionado sobre os confrontos entre policiais militares e moradores, hoje de manhã, durante a desocupação do terreno.

"A Polícia Militar não é subordinada a mim: ela é assunto do governo do Estado", resumiu.

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