Barbosa e a Globo
Direto da Redação
O povo não é bobo, mas
também não é um procedimento democrático depredar as instalações da Globo, como
aconteceu na última semana no Rio. Vamos protestar, sim, mas não
dessa maneira.
Que
tal se juntássemos forças para exigir uma nova lei de mídia, que tirasse das
mãos de poucas famílias o controle das comunicações no Brasil? Isso sim,
seria proveitoso e a causa ganharia a simpatia de boa parte da população
brasileira, que está assustada com as manifestações que terminam em
vandalismo.
Boa
medida também seria cobrar do governo uma explicação sobre a sonegação de 615
milhões de reais por parte da Rede Globo, relativos à compra dos direitos de
transmissão de Copas do Mundo. Um negócio tão sério que resultou na condenação
de Cristina Maris Meinick Ribeiro, uma funcionária da Receita que desapareceu
com o processo da empresa acusada de atentar contra a ordem
tributária.
A
Receita está investigando se as Organizações Globo usaram dinheiro enviado
a uma empresa no paraíso fiscal das Ilhas Virgens, a título de investimento,
para pagar os direitos das Copas de 2002 e 2006, o que é uma maneira de burlar
o fisco brasileiro. A Globo em nota oficial declara que não deve nenhum
centavo à Receita Federal e não faz a mínima ideia de quem seja a
funcionária punida.
Uma
nota que nada esclarece. A emissora da família Marinho pode estar em dia
com suas obrigações, pelo menos até que se apure se efetivamente ela
usou uma empresa localizada em um paraíso fiscal para fazer pagamentos, sem
recolher o devido imposto.
É tudo
muito nebuloso, mas não é uma incrível coincidência o sumiço de um processo
fiscal nesse valor e exatamente contra o maior grupo de comunicação do Brasil?
Por
falar em golpes para burlar o fisco, que tal uma manifestação contra o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que adquiriu um
apartamento em Miami, por um milhão de reais, de maneira duvidosa.
Vale
deixar claro que adquirir um apartamento em Miami não é crime. O que parece
extremamenete suspeito é que Barbosa tenha aberto uma empresa em Miami, a Assas
JB Corp e tenha pago com o dinheiro dela o imóvel.
No mínimo, Barbosa infringiu a lei de número
8.112/90, o chamado Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, que prescreve
de forma clara, em seu artigo 117, inciso X, que "ao servidor é proibido (...)
participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou
não personificada" . O documento mostra que Joaquim
Barbosa Gomes, residente na SQS 312 Bloco K Apt 503, Brasília, é o presidente
da Assas JB Corp. Para pesquisar Clique aqui
Por
outro lado, consta que um filho de Barbosa está trabalhando com o apresentador
Luciano Hulk, da Globo, o que também não é nenhum crime. mas fica sempre
uma suspeita sobre ligações nefastas entre o poder e a mídia. Além do
mais, daqui a pouco vão acusar o filho de Barbosa de ter amealhado uma fortuna
tão grande que se tornou dono de fazendas e outras paticipações societárias
milionárias, se é que me entendem.
Para
quem sonha em ser candidato à presidência da república, os antecedentes, antes
mesmo de ser eleito, não são nada recomendáveis.
Mas
voltando ao tema central da coluna, manifestações inteligentes e sem
vandalismo, vale destacar para o leitor do DR o vídeo de uma passeata que
aconteceu esta semana em frente ao prédio de O Globo, na Rua Irineu Marinho.
Sem
violência e com muito bom humor, um grupo de manifestantes “inaugurou” a Rua
Leonel Brizola no lugar da Rua Irineu Marinho, onde fica a sede de O Globo ( Veja o vídeo )
.
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