Alguma coisa está fora da ordem: Ministro do STF, ficou 'surpreso' com decisão de enviar condenados ao DF

Alguma coisa está fora da ordem: Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, ficou 'surpreso' com decisão de enviar condenados ao DF

Mensalão: ministro ficou 'surpreso' com decisão de enviar condenados ao DF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta segunda-feira que ficou "surpreso" com a decisão do presidente da corte, ministro Joaquim Barbosa, de determinar que os condenados no processo do mensalão cumpram suas penas em Brasília. "Não havia uma justificativa declarada pelo ministro Joaquim Barbosa. Fiquei surpreso com essa medida", disse Mello, em entrevista à rádio Bandeirantes.

No último sábado, um avião da Polícia Federal transportou para Brasília nove dos 11 condenados no processo que começariam a cumprir pena naquele dia. A aeronave foi a São Paulo para buscar o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o deputado federal e ex-presidente do PT José Genoino (SP).

De Belo Horizonte, foram levados o publicitário Marcos Valério, os ex-sócios de Valério Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello, o ex-vice-presidente do Banco do Brasil José Roberto Salgado, a ex-funcionária de Valério Simone Vasconcelos e o ex-deputado Romeu Queiroz.

Os ex-tesoureiros do PT e do PL, Delúbio Soares e Jacinto Lamas, já haviam se entregado à PF em Brasília. Os nove homens foram encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda, e as mulheres, à Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

O ministro Marco Aurélio Mello afirmou que o julgamento do mensalão se tornou um assunto popular no País devido a alguns fatores - entre eles, a postura de Joaquim Barbosa. "O Joaquim teve uma atuação muito firme. Há o aspecto positivo da transparência. A criação da TV Justiça foi muito importante."

Mello disse acreditar que pelo menos mais três dos 25 condenados no processo serão presos ainda hoje. "Roberto Jefferson, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto devem ser presos hoje. Eu votei para ser implantado o regime domiciliar para Roberto Jefferson, porque há um problema grave de saúde", afirmou. O ministro também disse acreditar que Genoino pode receber o benefício da prisão domiciliar: "pelo estado de saúde, pelo que tem sido dito, ele também poderia ter a prisão domiciliar concedida".

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