sábado, 14 de dezembro de 2013

Depois de apps inúteis: Moda Livre: ONG cria app em contra trabalho escravo

Depois de Apps inúteis: Moda Livre: ONG cria app em contra trabalho escravo

Aplicativo que avalia marcas de moda em relação a trabalho escravo é lançado no Brasil
Por  | Tá Na Moda 
Moda Livre: informações sobre políticas das marcas agora no smartphone (Reprodução)
Não foram poucos os flagrantes de trabalho escravo relacionados as marcas de moda este ano. Compartilhei muitos deles aqui no blog e acompanhei a repercussão sempre seguida da pergunta: “ como vamos saber se a marca trabalha direitinho ou se está envolvida com trabalho escravo ao fazer uma compra?”.
Pensando nisso a ONG Repórter Brasil, referência nacional na defesa dos direitos humanos, lançou esta semana um aplicativo que pode ajudar a direcionar as compras: o Moda Livre, que deixa nas suas mãos (literalmente!) as informações sobre as ações que as marcas vêm tomando para evitar que suas peças sejam produzidas por mão de obra escrava.
O aplicativo, gratuito para smartphones e disponível para os sistemas operacionais Android e iOS, traz nessa primeira versão 22 marcas, que foram avaliadas com base num amplo questionário baseado em quatro indicadores: o compromisso da empresa em combater o trabalho escravo em sua cadeia de fornecimento, medidas adotadas para fiscalizar fornecedores, transparência e histórico de  envolvimento em casos relacionados com trabalho escravo. Com base nas respostas, as empresas receberam uma pontuação e classificação sinalizada pelas cores verde, amarelo e vermelho.
Sinal verde, amarelo ou vermelho para as políticas da marca, descritas no aplicativo. (Reprodução)
O Moda Livre começa com apenas uma marca com sinal verde.  Infelizmente 13 das 22 marcas representadas nessa primeira amostragem receberam sinal vermelho. Ao clicar na marca o aplicativo traz todas as informações sobre ela e o motivo da classificação.
O aplicativo – que promete ampliar o número de lojas avaliadas e manter as informações sempre atualizadas – pode se tornar uma ferramenta decisiva para os consumidores que desejam saber mais sobre as práticas de suas marcas preferidas. Tornar acessível num clique do smartphone a preocupação da grife com os direitos humanos também pode ajudar a acabar com uma prática que jamais deveria ter entrado na moda.


.

0 comentários: