segunda-feira, 3 de março de 2014

"Letras, puteiro, mulher para engenheiro": Aí vem o sempre: Nenhum aluno ou veterano teve a sincera


"Letras, puteiro, mulher para engenheiro": Aí vem o sempre: Nenhum aluno ou veterano teve a sincera intenção de ofender


O Centro de Estudantes de Letras da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) divulgou uma carta depois que os alunos foram alvos de brincadeiras consideradas machistas durante o trote do curso de engenharia metalúrgica da universidade.
No último dia 26, os calouros de engenharia passaram em frente ao prédio da Faculdade de Letras gritando "Letras, puteiro, mulher para engenheiro".
"Além de ser uma ofensa direta às mulheres e à seriedade do curso, que seria, nessa linha, um depósito de mulheres que não tem como objetivo principal ter uma carreira profissional, e sim encontrar um homem que proveja seu sustento, sabemos que é uma ideia apenas CRIADA no trote e levada pelos alunos pelo resto do curso", diz a carta dos alunos direcionada ao Instituto de Letras, à Escola de Engenharia, ao Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia, à reitoria e ao DCE.
"'Brincadeiras' à parte, é importante lembrar que esse grito, que ecoa na frente do prédio da letras, não atinge um prédio ou um curso, atinge pessoas. Mulheres. Mulheres que não estão na faculdade para servir sexualmente homens de quaisquer cursos", dizem os alunos em outro trecho do comunicado.
Em sua página no Facebook,o DAMet (Diretório Acadêmico da Engenharia Metalúrgica) diz que a discussão proposta pelos alunos do curso de letras "é especialmente válida por se tratar de uma luta contra o preconceito generalizado".
"Quanto ao trote: a música foi cantada sem reflexão. Nenhum aluno ou veterano teve a sincera intenção de ofender quem quer que seja. O fato colaborou para uma mudança no pensamento dos alunos e alavancou o começo de uma manifestação", diz a nota do DAMet, que ainda pediu desculpas aos acadêmicos de letras em nome dos alunos de engenharia.


Uol

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