terça-feira, 15 de abril de 2014

Encontrado o corpo do garoto que já havia procurado o Ministério Público para falar do abandono familiar que sofria

Encontrado o corpo do garoto que já havia procurado o Ministério Público para falar do abandono familiar que sofria

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Coletiva de imprensa da Polícia Civil esclarece morte de Bernardo Boldrini

AgitoRS

Foto: Divulgação Polícia Civil
Foto: Divulgação Polícia Civil
Na manhã dessa terça-feira, 15 de abril, a Delegada Regional de Polícia Civil de Três Passos Cristiane de Moura e Silva Bracks, e a Delegada de Polícia Civil de Três Passos, Caroline Bamberg Machado, que coordenou a investigação e as buscas ao menino Bernardo Uglini Boldrini, 11 anos, concederam entrevista em uma coletiva à imprensa regional e estadual, para esclarecer algumas informações sobre o caso.
Na noite desta segunda-feira, o corpo do menino foi encontrado por volta das 19 h30min, enterrado em um matagal na Linha São Francisco, próximo ao leito do rio Mico, em Frederico Westphalen. Bernardo estava desaparecido há dez dias, e o caso mobilizou a comunidade regional que não mediu esforços em suas buscas.
De acordo com Caroline, inicialmente, três foram as linhas de investigação seguidas pela equipe da Polícia Civil, sendo desaparecimento por conta própria, sequestro e homicídio por parte de familiares. As três linhas eram tratadas de igual valor, porém as duas primeiras foram perdendo força e a equipe concentrou esforços na possibilidade de homicídio.
O pai do garoto, Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Uglini, e uma amiga do casal, Edelvania Virganovicz,  de Frederico Westphalen, foram presos preventivamente, após uma medida cautelar da justiça, de modo a auxiliar na investigação criminal e também para impedir que qualquer coisa acontecesse a eles, antes que o caso se encerre. A polícia tem indícios e desconfiança da participação do pai no crime, porém ainda precisa reunir elementos para comprovar e confirmar o envolvimento na morte do filho.
Conforme Caroline, o inquérito será trabalhado e provas deverão ser materializadas para formalizar a prisão. De acordo com a delegada, o pai e a madrasta até o momento negaram qualquer envolvimento no sumiço de Bernardo, porém a terceira pessoa investigada, em depoimento, relatou o que aconteceu com o garoto, e afirmou que a morte seria por injeção letal, aplicada pela madrasta. A informação, porém, só se confirmará com o resultado da perícia.
No dia em que Bernardo sumiu, na sexta-feira, 04, Graciele foi multada por excesso de velocidade, por volta das 13 horas, na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. De acordo com a polícia, Bernardo estava deitado no banco de trás e eles estavam indo a FW para comprar uma TV.
Conforme a  Delegada Regional Cristiane de Moura e Silva Bracks, Bernardo foi morto em Frederico Westphalen, e para chegar a seu corpo, a Polícia Civil teve a participação da frederiquense, que foi presa por participação no crime, e colaborou para encontrar o menino.
Apesar de a avó materna do garoto afirmar que pediu a guarda de Bernardo, a Delegada Caroline disse que nenhum pedido de guarda chegou até o juiz de Três Passos. Bernardo já havia procurado o Ministério Público para falar do abandono familiar que sofria.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito, que corre em segredo de justiça, sobre a morte de Bernardo U. Boldrini.


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