Emma Sulkowicz, aluna da Universidade Columbia, foi estuprada no seu dormitório de faculdade por um colega. O estuprador não foi expulso. Emma carrega um colchão, parecido com aquele onde o crime aconteceu, como uma forma de protesto contra seu agressor
Emma Sulkowicz conta que estava em seu segundo ano na Universidade Columbia quando tudo aconteceu. Em seu próprio dormitório, um colega de faculdade a estuprou. Emma denunciou o agressor à Universidade em abril de 2014 mas, segundo conta, não recebeu o apoio que esperava da instituição – uma das instituições de ensino mais respeitadas do mundo. Seu estuprador continuou a estudar com Emma. “Um estupro pode acontecer em qualquer lugar. No meu caso, aconteceu no próprio dormitório. Desde então, eu sinto que carrego o peso do estupro aonde quer que eu vá”, diz ela.
Dois anos depois ela, uma estudante de artes visuais, decidiu protestar contra a falta de ação de sua universidade. Agora, carrega, aonde quer que vá, um colchão parecido com aquele onde o crime aconteceu, na esperança de que, um dia, seu agressor seja expulso.
Dois anos depois ela, uma estudante de artes visuais, decidiu protestar contra a falta de ação de sua universidade. Agora, carrega, aonde quer que vá, um colchão parecido com aquele onde o crime aconteceu, na esperança de que, um dia, seu agressor seja expulso.
O protesto de Emma faz parte de sua tese de graduação. Em parte, é uma forma de performance artística que ela batizou de “Carry that Weight” (algo como “Carregue aquele peso”, em tradução livre). A duração do projeto é indefinida. Pode se estender por um dia ou pelo tempo em que ela estudar em Columbia: “[vai durar] o tempo em que eu estudar na mesma universidade que o meu estuprador”. Como parte da performance, Emma não pode pedir ajuda para carregar o peso do colchão. É um fardo que suporta sozinha. Mas as pessoas podem se oferecer para ajudar.
A Universidade chegou à conclusão de que o rapaz acusado por Emma não é responsável pela agressão que ela lhe atribui. Columbia deu o mesmo veredicto em outros dois casos de estupro denunciados por alunas envolvendo o mesmo acusado. Emma faz parte de um grupo de alunos que registrou uma queixa na justiça contra a Universidade, alegando que a instituição tenta abafar casos de estupro sistematicamente e não oferece apoio às vítimas.
A Universidade chegou à conclusão de que o rapaz acusado por Emma não é responsável pela agressão que ela lhe atribui. Columbia deu o mesmo veredicto em outros dois casos de estupro denunciados por alunas envolvendo o mesmo acusado. Emma faz parte de um grupo de alunos que registrou uma queixa na justiça contra a Universidade, alegando que a instituição tenta abafar casos de estupro sistematicamente e não oferece apoio às vítimas.
RC
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